Correio da Manha

NAÇÃO VALENTE Ditaduras sanitárias

- João Pereira Coutinho COLUNISTA

Ainda não se chegou à vacinação obrigatóri­a contra a Covid-19. Mas, para usar o velho adágio, há várias formas de esfolar um gato. A mais eficaz, como se vê em França, é exigir prova de vacinação para que as pessoas possam fazer a sua vida normal. Queres entrar em restaurant­es? Lojas? Transporte­s? Mostra-me que és digno. Porque, se não fores, estás excluído da sociedade civilizada. Pelo menos, até tomares a vacina.

PREFIRO RISCOS MÍNIMOS A UMA DITADURA SANITÁRIA

Este arranjo parece-me abusivo pela sua manifesta segregação: de um lado, os ‘puros’; do outro, os ‘impuros’. Onde é que eu já ouvi esta conversa?

Mas o arranjo é também um contra-senso, tendo em conta a lógica da vacinação: eu decido proteger-me dos outros, independen­temente das escolhas dos outros. E isso basta. As vacinas não conferem protecção a

100%? Verdade. Mas eu prefiro uma sociedade que aceita riscos mínimos a uma ditadura sanitária que só aceita a segurança máxima.

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