Infetados com vacina completa são só 0,1%
FATORES CASOS determinados fármacos e outras patologias influenciam a eficácia da imunização 1 de julho, cerca de 3500 portugueses vacinados tinham contraído Covid-19
Oúltimo número oficial de portugueses com o esquema vacinal completo que contraíram Covid-19 é 3580, o q u e c o r r e s p o nde a 0,1% (num universo de três milhões de pessoas, a 1 de julho). Contactada pelo CM, a DGS não revelou quantos casos existem neste momento nem quais as vacinas que os doentes tomaram.
A explicação para as infeções por Covid-19 em pessoas já vacinadas reside “essencialmente no hospedeiro”, segundo o infecciologista Jaime Nina. “Não somos todos iguais. Há organismos que não respondem tão bem à resposta imunitária desencadeada pelas vacinas, sejam elas quais forem. É o caso dos idosos, das pessoas que fazem tratamentos com cortisona ou quimioterapia, com doenças imunodepressoras e os recém-nascidos”, diz.
A probabilidade “de um vacinado contrair a doença é cem vezes menor do que numa pessoa não vacinada”, esclarece Jaime Nina, citando dados do
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
O especialista lembra ainda que “as vacinas não são 100% eficazes” e que a imunidade só se verifica 14 dias após a toma da segunda dose. Números corroborados pelo segundo Inquérito Serológico Nacional Covid-19, elaborado pelo INSA, que dá conta de que no grupo de indivíduos vacinados a proporção de pessoas com anticorpos específicos contra o vírus foi de 74,9%, valor que aumentou para 98,5% quando consideradas apenas as pessoas vacinadas com duas doses há pelo menos sete dias.
JUSTIFICAÇÃO RESIDE “EM CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO”