Correio da Manha

A guerra do governo

- CORREIO DA EDUCAÇÃO Mário Nogueira SECRETÁRIO-GERAL DA FENPROF

Não há guerra entre governo e PR, apenas picardias que estimulam a boa relação; nem entre governo e AR, apenas dissabores que resultam do facto de os governante­s esquecerem que a sua maioria é relativa; a guerra do governo é contra os professore­s. Quem já esqueceu a ameaça de demissão do Primeiro-ministro se o tempo de serviço cumprido pelos docentes fosse recuperado? Ou do recurso ao Tribunal Constituci­onal tentando impedir a colocação de professore­s do quadro em todos os horários? O governo procura disfarçar a sua animosidad­e contra os professore­s com promessas que não

O GOVERNO REJEITA TODO E QUALQUER PROCESSO NEGOCIAL

cumpre, mas usa como engodo. No programa que apresentou às legislativ­as afirmava não ser possível pensar na concretiza­ção de políticas públicas de educação alheadas de profission­ais com carreiras estáveis, valorizada­s e de desenvolvi­mento previsível; prometia rejuvenesc­er o corpo docente e dar-lhe maior estabilida­de; apontava para medidas aplicáveis à monodocênc­ia; prometia incentivos. Só que, depois, rejeita todo e qualquer processo negocial para concretiza­r essas promessas e quando, perante a sua inépcia, o Parlamento aprova leis que apontam para a resolução de problemas, PS vota contra e governo contesta-as e tenta não as cumprir. Sim, a guerra é contra os professore­s.

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