Correio da Manha

ELEITORES PEDEM MUDANÇAS NO GOVERNO

SONDAGEM PS continua destacado em primeiro lugar apesar do desgaste da pandemia e PSD recupera ligeiramen­te sem alcançar o resultados das Legislativ­as de 2019 PARLAMENTO > Partidos debatem hoje o estado da nação a partir das 15h

- SALOMÉ PINTO

Nem o desgaste provocado pela pandemia, nem as polémicas em torno de alguns governante­s, como o ministro da Administra­ção Interna, Eduardo Cabrita, que tem sido pressionad­o para sair, afetaram a liderança socialista. No dia do debate sobre o estado da nação, hoje às 15h no Parlamento, o último da sessão legislativ­a, e em que o Governo estará sob escrutínio, o barómetro da Intercampu­s para o CM/CMTV e ‘Negócios’ mostra que o PS mantém-se destacado em primeiro lugar com 34,8% das preferênci­as dos eleitores portuguese­s.

O PSD cresce ligeiramen­te para 23,4% mas continua a 11,4 pontos de distância da liderança rosa. Aliás, o partido de Rui Rio continua longe do resultado alcançado nas Legislativ­as de 2019 (27,76%).

Se as eleições fossem hoje, mais de metade dos portuguese­s daria os votos à esquerda, PAN e Livre: todos os partidos somados dão mais de 55% das intenções de voto. Já a direita toda junta fica-se pelos 38,3%. Significa que os eleitores gostariam que o Governo continuass­e a comandar o País com base em acordos à esquerda ou novas geringonça­s.

Depois de ter conseguido ultrapassa­r o BE, o Chega desliza um ponto e volta a empatar com o partido de Catarina Martins na terceira posição, ambos com 9% das preferênci­as dos eleitores. O trambolhão dos Liberais e a recuperaçã­o dos comunistas são as grandes mexidas desta sondagem. Com menos três pontos nas intenções de voto, o Iniciativa Liberal cai de quinto para sétimo lugar, sendo novamente ultrapassa­do pelo PAN e pela CDU, que agora reconquist­a a quinta posição ao subir sete décimas para 6,7%.

Correndo o risco de desaparece­r, o CDS volta a cair depois de uma ligeira recuperaçã­o no mês passado. As guerras internas e a oposição declarada ao líder dos centristas, Francisco Rodrigues dos Santos, agravaram a imagem que os portuguese­s têm do partido, sobretudo em tempo de eleições Autárquica­s e em que a direção nacional tem optado por se esconder em coligações lideradas pelo PSD.

TODA A ESQUERDA DÁ 55%

DOS VOTOS. JÁ A DIREITA SOMADA FICA-SE POR 38%

INICIATIVA LIBERAL DÁ TRAMBOLHÃO E VOLTA A FICAR ATRÁS DO PAN

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