COSTA E RIO LÍDERES DÃO GÁS À CORRIDA PELA CONQUISTA DA CAPITAL
DUELO Fernando Medina e Carlos Moedas contaram com apoios de peso na reta final da campanha
Osecretário-geral do PS, António Costa, o presidente do PSD, Rui Rio, e o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, rumaram ontem a Lisboa para dar força à corrida pela conquista da capital. Mas o tabu pela sucessão nas lideranças dos três partidos também marcou a reta final da campanha.
Numa viagem de comboio que levou António Costa, dirigente socialista, e o ministro Pedro Nuno Santos de Lisboa a Cascais, o atual autarca de Lisboa, Fernando Medina, que se recandidata a um segundo mandato, não apanhou o comboio no Cais de Sodré, mas rejeitou que o en
O LÍDER DO PS COM PEDRO NUNO SANTOS GARANTE UNIÃO NO PARTIDO
PRESIDENTE DO PSD DIZ TER UM “FEELING” NA VITÓRIA DE MOEDAS
contro pudesse ser lido como uma “luta mano a mano” com Nuno Santos pela sucessão a Costa: “Gostamos de estar ao lado uns dos outros, somos camaradas, temos uma visão partilhada sobre muitas matérias.” Já na carruagem com Nuno Santos, Costa reforçou a ideia: “O PS está todo junto a trabalhar no que importa que é a resolução dos problemas dos portugueses.” Antes Medina tinha defendido que o PS é diferente “de outros partidos em que se discute muito a sucessão” e para os quais “estas eleições terão um significado sobre o poder interno do partido”, numa crítica dirigida ao PSD e ao CDS.
No fim de um almoço no Parque Mayer, que juntou Rio, Chicão e o candidato ao município, Carlos Moedas, o presidente do PSD não quis repetir o tema sobre a sucessão na liderança do partido, preferindo focar-se na candidatura de Moedas: “Quem vai ganhar? Não sabemos. O meu ‘feeling’ é que ganha o Carlos Moedas e é isso que temos de continuar a fazer até dia 26 de setembro.” E acusou as empresas de sondagem de “vigarice” e de serem “compradas” porque “numa semana dão mais 20% ao candidato A, na seguinte mais 7% ao candidato B”. “Um voto que não seja em Carlos Moedas é um voto em Fernando Medina”, afirmou Chicão, concluindo que a escolha é “entre o socialismo ou a liberdade”.