FADO VOLTA A OUVIR-SE NAS RUAS DE ALFAMA O maior festival de fado do Mundo devolve a canção nacional às gentes de Lisboa, apoiando os artistas e as coletividades que durante a pandemia se viram privados dos seus rendimentos
o mai o r f e s t i v a l d e fado do Mundo e realiza-se no coração de Lisboa. O Santa Casa Alfama está de regresso no próximo fim de semana, agora num formato próximo do período anterior à pandemia, com dois dias de concertos, 40 fadistas, dezenas de músicos e um espetáculo de ‘videomapping’.
Numa edição de homenagem a Carlos do Carmo, o cartaz conta com nomes como Camané, António Pinto Bastos, Ricardo Ribeiro, Ana Sofia Varela, Teresa Landeiro, Fábia Rebordão e Marta Pereira da Costa, entre muitos outros. Os concertos acontecem quase ao mesmo tempo em 12 palcos (ao ar livre e em interiores), locais com memórias históricas, monumentos ou igrejas. Uma verdadeira “dor de cabeça” que dá, afinal, um
SANTA CASA APOIA OS ARTISTAS QUE NÃO PUDERAM TRABALHAR DURANTE A PANDEMIA
prazer enorme a Luís Montez, produtor do festival patrocinado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).
“O mais difícil em termos logísticos é ter vários espetáculos a realizarem-se quase ao mesmo tempo e ter os músicos a correr pelas ruas do bairro, com os instrumentos às costas, de um concerto para o outro, mas isso também contribui para que o evento seja especial”, conta. Um vai-e-vem de gente do fado que não se estranha em Alfama, bem pelo contrário.
É esse ambiente tipicamente boémio e alfacinha que se pretende oferecer neste evento urbano. Este ano, a festa do fado tem também um cariz social: “A Santa Casa fez questão de apoiar os jovens fadistas e aqueles que estiveram muito tempo sem trabalhar por causa do fecho das casas de fado, de apoiar as coletividades, através do aluguer dos seus espaços para a realização do festival, e apoiar toda esta comunidade que foi profundamente afetada pela pandemia”, refere Luís Montez.
A SCML reforça assim o seu apoio à música nacional, acreditando que muitos dos valores defendidos pela instituição podem ser transmitidos através da música, num dos seus estilos mais acarinhados pelo público português.
Ao lançar o convite, a Santa Casa pretende também levar as boas causas até Alfama, através do apoio a pessoas de mobilidade reduzida nos dias de concerto, com a disponibilização de estruturas de acessibilidades.
Ao assumir-se como ‘naming sponsor’ deste festival, a Santa Casa sensibilizou a comunidade para a importância da inclusão social, permitindo que todos, independentemente da sua condição física e idade, pudessem ter condições logísticas para assistir aos concertos e aos artistas que mais gostam no histórico bairro de Alfama.
Qualquer um dos visitantes deve, porém, programar a sua noite: “Levem sapatos confortáveis (nada de saltos altos!), olhem para o programa e tracem o próprio roteiro, de modo a conseguirem assistir ao maior número possível de espetáculos, tendo em conta que vários acontecem praticamente em simultâneo”, avisou Luís Montez.
Segurança garantida
Tendo em conta a legislação em vigor e no cumprimento rigoroso das orientações da Direção-Geral da Saúde dado o atual contexto da Covid-19, o Festival Santa Casa Alfama tomou as seguintes medidas: uso de máscara obrigatório, álcool-gel disponível em todos os espaços e locais de atendimento, lotação adaptada, salas com lugares sentados e cumprindo as distâncias de segurança exigidas, entradas e saídas separadas sempre que possível, desinfeção de todos os recintos, salas e equipamentos de uso partilhado, presença de uma equipa de assistência médica permanente, sala de isolamento e uso do equipamento de proteção individual adequado por todo o staff.
É obrigatório apresentar certificado digital ou teste negativo, no momento de colocação de pulseira. À entrada, todos os f e s t i val e i r o s r e c e bem uma máscara com um design alusivo ao evento.