Rangel avança contra Rio apesar do resultado eleitoral
Paulo Rangel vai mesmo avançar contra Rui Rio nas eleições diretas do PSD em janeiro de 2022, apesar de o líder do partido ter conquistado um bom resultado nas Autárquicas, sabe o CM. O eurodeputado conta já com o apoio de Miguel Pinto Luz, que apoiou Luís Montenegro nas diretas de 2020 contra Rio, e da concelhia do Porto, faltam agora as tropas ‘montenegristas’ para garantir uma disputa renhida, face a vantagem de Rio.
O duelo será árduo para os rivais de Rio, depois do balão de oxigénio que o líder laranja ganhou no domingo. Antes da contagem dos votos, as tropas dos opositores estavam prontas para avançar. Mas as contas baralharam-se e a prevista noite das facas longas converteu-se numa vitória com a conquista de importantes capitais de distrito, com Lisboa à cabeça.
O mérito de Rio é reconhecido por todos, críticos e ‘rioistas’: cumpriu o objetivo, a que se propôs no congresso de 2020, de conseguir um bom resultado nas autárquicas para ir a jogo nas legislativas de 2023 com uma posição de força. Para dissuadir possíveis opositores, Rio vai ainda usar o argumento da “vigarice das sondagens”, que se verificou em Lisboa, relativamente às projeções para as legislativas, que continuam a dar vantagem ao PS. Carlos Moedas, o novo “herói” do PSD, como lhe chamam já os sociais-democratas, ficará em silêncio, preferindo não tomar partido e concentrar-se na governação autárquica. Aliás, o novo presidente da Câmara de Lisboa frisou que a conquista da capital foi um feito local, fugindo à questão nacional.
Quanto ao CDS, Nuno Melo, que já tinha dito que iria defrontar o líder Francisco Rodrigues dos Santos no congresso de 2022, remeteu-se ao silêncio. Internamente paira um sabor de glória envergonhada pelo facto de o CDS ter ficado à sombra do PSD.
NUNO MELO EM REFLEXÃO SOBRE CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DO CDS