Violência à solta (V)
Esta é a quinta coluna que escrevo sobre a violência, sobretudo na noite. A insistência parte da certeza de saber que milhares de pais partilham a preocupação. Quem lê o CM sabe que abordei anteriormente a atividade de gangues, com ênfase na violência exacerbada sobre as vítimas, traduzida em ferimentos graves e até em morte. Constatamos com inaceitável normalidade a saída dos agressores em liberdade ou com medidas de coação que não ultrapassam o TIR ou apresentações nos postos policiais. Há dias, dois elementos da GNR foram agredidos por quatro turistas.
ALGUÉM EXPLIQUE, PORQUE NEM VÍTIMAS NEM CIDADÃOS COMPREENDEM
Sofreram lesões físicas graves, desconhecendo-se os traumas psicológicos. O MP, demonstrando profundo desprezo pela atividade policial, colocou os agressores na rua com TIR sem os apresentar a juiz de instrução. Desconhecemos se estas medidas resultam de diretiva superior, se é uma forma de diminuir a população prisional ou, se é pura e simplesmente uma autoridade judiciária em desajuste absoluto com a realidade. Alguém explique, porque nem vítimas nem cidadãos compreendem esta justiça.