TIROS NO ESTÁDIO DÃO TRÊS PROCESSOS
CASO Três agentes da PSP do Montijo entraram em infração ao usarem arma de fogo à revelia do superior hierárquico INQUÉRITO Inspeção-Geral da Administração Interna chamada ao caso
Os três agentes da PSP, integrantes de uma Equipa de Intervenção Rápida (EIR) da Divisão do Barreiro, que efetuaram 10 disparos para o ar no domingo à tarde para conter os distúrbios que se seguiram ao empate a zero entre o Olímpico do Montijo e o Vitória de Setúbal B, deverão ser sujeitos a processos disciplinares individualizados.
Ao que o CM apurou, o regulamento disciplinar da PSP é claro. O uso de arma de fogo quando elementos policiais estejam enquadrados no terreno com superiores hierárquicos, como foi o caso da situação ocorrida no Campo da Liberdade, no Montijo, só é possível após ordem direta. Ora, as imagens mostram que
BASTONADAS ANTECEDERAM USO DAS ARMAS DE FOGO DA PSP
os três agentes principais da EIR do Barreiro, que estava destacada para o policiamento ao jogo da 1ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Setúbal, abriram fogo com as respetivas pistolas de serviço sem receberem indicações para isso. E fizeram-no depois de terem sido desferidas diversas bastonadas para conter os confrontos físicos entre membros das comitivas dos dois clubes, e até de alguns espectadores do encontro.
Logo nas horas que se seguiram ao jogo, o Comando Distrital da PSP de Setúbal emitiu um comunicado em que prometeu um inquérito disciplinar para proceder ao apuramento da legalidade do uso das armas de fogo por parte dos agentes.
A Inspeção-Geral da PSP e a Inspeção-Geral da Administração Interna (organismo que investiga infrações disciplinares nas forças de segurança), irão também realizar inquéritos disciplinares à ação dos agentes policiais. Os mesmos continuam, por enquanto, ao serviço.