Correio da Manha

Vítima de padre depõe para memória futura

DILIGÊNCIA Menor de 14 anos que acusa padre de o ter assediado e enviado mensagens prestou depoimento DECISÃO Ministério Público ou acusa suspeito ou arquiva o processo

- LUÍS OLIVEIRA

VÍTIMA OUVIDA EM SALA PELOS MAGISTRADO­S DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Omenor de 14 anos que acusa um padre da Diocese de Viseu de o ter assediado e enviado mensagens de telemóvel de teor sexual foi ontem ouvido pelo Ministério Público para memória futura.

A diligência decorreu durante a tarde e não demorou mais do que uma hora, nos serviços do Ministério Público do Tribunal Judicial de Viseu. O menor entrou nas instalaçõe­s do tribunal pela garagem, de forma discreta e foi diretament­e à sala onde decorreu o depoimento para memória futura - se o caso seguir para julgamento não terá necessidad­e de voltar a ser interrogad­o e o que disse ontem será o que conta para o tribunal.

O padre Luís Miguel, de 46 anos, terá sido visto no tribunal mas não se terá cruzado coma vítima, que desde o início do processo manteve sempre o mesmo discurso e o conteúdo das acusações.

O sacerdote é suspeito de de ter assediado e enviado mensagens de telemóvel, algumas de cariz sexual, a um menor de 14 anos. O caso aconteceu em finais de março, durante um almoço-convívio numa adega nos arredores de Viseu onde estiveram amigos do padre e outras pessoas, entre elas o menor e o pai, que residem numa localidade próxima daquela onde o suspeito era pároco, São João de Lourosa. O menor contou aos pais, que em choque denunciara­m o suspeito à diocese e às autoridade­s, com a PJ já a investigar. Tal como o CM noticiou, a Polícia Judiciária terá encontrado conversas e imagens suspeitas do padre. Tanto o computador como o telemóvel do padre foram apreendido­s e toda a informação extraída e junta ao processo que já está na posse do Ministério Público de Viseu. Perante todos os elementos de prova recolhidos na investigaç­ão e o depoimento da vítima, agora os magistrado­s do Ministério Público de Viseu vão ter que decidir entre acusar o suspeito e levá-lo a julgamento ou arquivar o processo.

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Padre Luís Miguel é acusado de ter seduzido um jovem de 14 anos após almoço num adega nos arredores de Viseu

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