Regime “não cria confiança”
O novo presidente da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública quer alterar o regime que permitiu que cerca de 80% dos cargos no Estado tenham sido ocupados por dirigentes nomeados em regime de substituição. Damasceno Dias admitiu ontem, no Parlamento, que este regime “não cria confiança” na instituição.
O regime de substituição permite aos dirigentes nomeados pelo Governo ganharem experiência antes de se apresentarem aos concursos, e serem selecionados pela CRESAP, para o cargo. Dos 165 concursos lançados, 129 foram ocupados por dirigentes anteriormente nomeados em substituição.
Outra das questões colocadas pelos deputados prende-se com os recursos da CRESAP: uma secretária, um motorista e dois funcionários dedicados aos concursos, ou seja, tantos funcionários como dirigentes. Foram ainda ouvidos os vogais Maria Eugénia de Almeida Santos, João António Gomes e Maria Cristina Coelho.