Três anos a fazer crescer uma economia social
Foi há três anos que o Convento de São Pedro de Alcântara ganhou nova vida e propósito. Em outubro de 2018, nasceu a Casa do Impacto, o ‘hub’ de inovação e empreendedorismo social e ambiental da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Neste curto espaço de tempo, mais de 200 empreendedores, 48 startups e dois milhões de euros foram injetados na economia, procurando-se cumprir o objetivo de posicionar Lisboa como a Capital Europeia da Inovação Social.
Desde a fundação, a Casa do Impacto dedica-se a trazer para a economia temas como a diversidade e inclusão, o emprego, a saúde, a educação e o ambiente, que constam nos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.
Essas são também as áreas que se mostraram mais fragilizadas com a crise pandémica, sendo missão do ‘hub’ incrementar o talento e potencial português no setor social, e potenciar respostas que já se provaram eficazes para combater os desafios atuais. Atualmente, são 48 os projetos residentes no Convento. Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, justifica que “a retoma económica tem de passar pelo empreendedorismo de impacto para se poder efetivamente chamar ‘retoma’”.
Por isso, ao longo dos três anos, e como forma de potenc i a r u ma n o v a g e r a ç ã o d e startups, o ‘hub’ dinamizou três edições do programa de aceleração e capacitação ‘RISE for Impact’, que serviu de rampa de lançamento para ma i s d e 9 0 s t a r t u p s , c o m apoios que rondam no total os 150 mil euros; lançou quatro edições do concurso anual para a inovação social Santa Casa Challenge que já distribuiu mais de 95 mil euros em prémios; criou o programa de investimento com 500 mil euros ao ano para negócios em fase de ‘pre-seed’ e ‘seed’ (o +PLUS) e desenvolveu eventos e parcerias nacionais e internacionais, nomeadamente c o m a Web S u mmit , Wome n 4 C l i ma t e , P l a n e t i e r s World Gathering, Impact Inv e s t ment F o r u m, F i n t e c h House e mais recentemente com a London School of Business and Economics (LSE). “Temos sentido uma procura tremenda por parte de entidades públicas e privadas que querem integrar a sustentabilidade nas suas agendas e no dia a dia dos seus negócios. Habitualmente são apenas as empresas quem lucra, mas com um foco na sustentabilidade também todos podemos lucrar”, sublinha Inês Sequeira.
MUITAS INICIATIVAS
FORAM DESENVOLVIDAS PARA POTENCIAR NEGÓCIOS SOCIAIS