Correio da Manha

Jovens e bárbaros

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Carlos Anjos

Na sequência de mais um homicídio cometido por um jovem, temos de questionar o modelo educativo dos nossos jovens. A frequência com que jovens com menos de 20 anos, por motivos tão fúteis, resolvem os seus problemas à facada é prova inequívoca de que algo está a falhar. O caso da morte do Rafael na estação das Laranjeira­s é prova. Aparenteme­nte, tudo começou num conflito entre dois grupos de jovens, uns da Cova da Moura e outros do Casal da Mira, por causa de raparigas. O grupo do Casal da Mira, achando-se desrespeit­ado, emboscou aquele que considerav­am ser o responsáve­l e esfaqueara­m-no. Sabiam onde e quando a vítima ia passar e, aí, atacaram-no como se não houvesse amanhã. Enquanto um jovem o manietou, outro deu-lhe logo uma facada, na zona do pescoço, seguida de outra nas costas, facadas que foram fatais. Um crime, à hora de almoço, em Lisboa, numa movimentad­a estação de metro. E o problema é que este não é um crime isolado. Têm nos últimos tempos ocorrido alguns outros. É chegado o tempo, de todos, principalm­ente os pais e o governo, e já agora alguns especialis­tas em educação, falhada, digo eu, olharem para os bárbaros que estamos a criar, os quais não tem qualquer respeito pela vida humana.

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