Saca 1,3 milhões em apostas online
CASO Burlão teve ajuda de dois cúmplices. Trio está a ser julgado
Um esquema fraudulento de apostas desportivas em casas de apostas online, que lesou 74 investidores entre 2010 e 2015, está a ser julgado no Tribunal de Leiria. Estão em causa crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais e recetação de depósitos e outros fundos. O processo tem três arguidos e o principal obteve uma vantagem patrimonial de 1,3 milhões de euros, segundo o Ministério Público.
Era a partir de um escritório em Leiria que Bruno Martins, de 33 anos, atraía os investidores, a quem prometia juros entre 5 e 15 por cento ao mês, com opção de capitalização mensal dos juros ou do depósito mensal de 10 por cento do capital em conta a título de juros, e possibilidade de resgate imediato.
Segundo a acusação, o esquema funcionava em torno de uma empresa internacional e com uma designação atrativa, de modo a granjear seriedade.
Os investidores pensavam que o seu dinheiro era gerido por uma “grande equipa de especialistas profissionais”considerados os “melhores ‘traders’ do
Mundo”, capazes de “anular o fator sorte” e “proporcionar um sistema de apostas seguras e sem risco”. Na realidade, apenas “uma parte menor” do dinheiro foi utilizado no pagamento do retorno prometido.
A maior parte dos fundos captados foi entregue por Bruno Martins aos outros dois arguidos, Sunil Mansukhal, de 52 anos, e Joel Jorge, de 47, para serem reintroduzidos na economia de forma legítima. Sunil investiu no mercado asiático e Joel comprou e vendeu 11 automóveis.
ESQUEMA FRAUDULENTO DE APOSTAS DESPORTIVAS LESOU 74 INVESTIDORES