Correio da Manha

Leviandade

- ANÁLISE DIGITAL Manuel Maria Rodrigues

Na sequência da morte de um cidadão ucraniano nas instalaçõe­s do aeroporto de Lisboa em 30 de março de 2020, decidiu-se pela extinção do Serviço de Estrangeir­os e Fronteiras. Sou de opinião que não existem instituiçõ­es, organismos, partidos políticos, empresas absolutame­nte impolutos. Aqui ou ali, todos falham, algumas vezes com repercussõ­es gigantesca­s, com resultados catastrófi­cos. Estão todos ou quase todos aí. Saram-se as feridas por muito profundas que sejam, erradicam-se ou não os prevaricad­ores, corrigem-se ou não os erros, e tenta-se encarrilar a composição. É justo? Talvez não! Mas a verdade

EXTINÇÃO DO SEF MOSTRA LEVIANDADE COM QUE SE ESFUMA

UMA INSTITUIÇíO

é que, como diz o ditado, uma árvore não faz a floresta. A extinção do SEF, aprovada em plenário da AR no passado dia 22 de outubro com votos a favor do PS, Bloco de Esquerda e da deputada Joacine Katar, mostra a leviandade com que uma instituiçã­o, pilar da sociedade e da Segurança Nacional, se esfuma. Votos contra do PCP e PSD. Na reunião da especialid­ade realizada 2 dias antes, os partidos CDS, PAN e CHEGA nem sequer se deram ao trabalho de comparecer, demonstran­do a importânci­a que o SEF, as suas funções e os seus funcionári­os assumem para estes ilustres representa­ntes do povo. É tempo de acordar porque estamos a percorrer caminho pantanoso!

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