“A minha voz foi uma descoberta de vida”
CONCERTO Lura regressa aos palcos no dia 12, para celebrar 25 anos de carreira no Coliseu de Lisboa ESTÚDIO Cantora está a gravar um disco, com “novas roupagens” para a sua sofisticada ‘world music’ e uma “boa surpresa”, segundo anunciou em entrevista exclusiva ao CM
Aos 46 anos, a cantora Lura está de regresso aos palcos e aos discos. O single de avanço do novo trabalho, ‘Blá, Blá, Blá’, já anda por aí a pôr meio Mundo a dançar.
CM – No próximo dia 12 (sexta-feira) regressa aos palcos para um concerto no Coliseu dos Recreios, Lisboa. O que pode o público esperar?
Lura – Um espetáculo feito de coração para celebração dos meus 25 anos de carreira. Vou cantar temas de todo este meu percurso e apresentar também canções do meu novo álbum, que sai em fevereiro, como o ‘Blá, Blá, Blá’.
– Alguma vez esperou chegar aqui, aos 25 anos de carreira, com todo este fôlego?
– Quando olho para a minha carreira musical sinto que os acontecimentos sempre se sucederam de forma surpreendente. A própria descoberta da minha voz foi, para mim, uma grande surpresa. Talvez por isso, fui vivendo estes momentos com muita paixão, com muita dedicação, com muita entrega, mas nunca fiz grandes planos a longo prazo. Quis sempre pensar que ainda ia ter a oportunidade de conhecer mais pessoas, mais países, fazer mais concertos e, por isso, celebrar estes 25 anos é assim ... Uau! Estou a vivê-los com muita maturidade, com conhecimento e histórias para contar mas, ao mesmo tempo, não me sinto uma velinha, mas antes cheia de força e energia para estar aqui a fazer isto por muitos e bons anos.
– Como foi, nos primórdios, essa descoberta da voz?
– Foi engraçado, porque eu sempre me vi com uma ‘voz de bagaço’, que era muito requisitada na escola para as claques de futebol mas, de repente, aprendi a afinar essa voz e a colocá-la de forma a poder interpretar. Foi uma descoberta de vida e agora cantar é a minha missão.
– Houve momentos e pessoas que a marcaram mais?
– Vários. Tantos.... o Carnegie Hall, o auditório da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, que me receberam com tanta emoção e tanto calor humano. E países como a Austrália, a China, o Brasil, a África do Sul. Todos marcantes à sua maneira, porque as pessoas - os povos e os públicos - são diferentes e recebem de forma distinta. Cada um deles foi uma aprendizagem. – E sobre o novo disco, o que é que já se pode saber?
– Posso revelar que é um disco com uma roupagem mais moderna. Continuo à procura de sonoridades novas para enriquecer a minha música. Quero também cantar mais em português de Portugal. Vai ser um disco que traz novidades. Estou ainda a planear os convidados, há coisas que ainda estão a ser fechadas, mas vou ter uma surpresa boa!
– Segue-se uma digressão?
– Está a ser preparada e brevemente dou notícias!
“NÃO ME SINTO
UMA VELHINHA
MAS ANTES CHEIA DE FORÇA E ENERGIA PARA ESTAR AQUI”
“SEMPRE ME VI
COM UMA ‘VOZ DE BAGAÇO’, QUE APRENDI A AFINAR”