Correio da Manha

Mata ‘ex’ com dois tiros e manda SMS à mãe

MOTIVO Homem não aceitou a separação, matou a ex-companheir­a e fugiu com enteada menor PROCESSO Homicida está a ser julgado por homicídio qualificad­o no Tribunal de Santarém

- JOÃO NUNO PEPINO

OTribunal Judicial de Santarém começou a julgar o homem que assassinou a ex-companheir­a com dois tiros na cabeça, em Muge, no concelho de Salvaterra de Magos, tendo depois fugido com a filha da vítima, uma menor que na altura tinha apenas seis anos.

O arguido, Pedro Teixeira, de 42 anos, foi acusado pelo Ministério Público e responde no julgamento por um crime de detenção de arma proibida e outro de homicídio qualificad­o pelo resultado da morte de Cláudia Gomes, então com 28 anos, que, segundo o processo a que o Correio da Manhã teve acesso, foi assassinad­a à queima-roupa, pelas costas e sem qualquer tipo de hipótese de defesa.

Os factos remontam a outubro de 2020, quando o casal, que na altura já estava separado depois de ter vivido em união de facto durante quatro anos, no Barreiro, na Margem Sul, foi passar um fim de semana a Muge, em Salvaterra de Magos, à casa do pai do arguido, que tinha sido institucio­nalizado num lar de idosos poucos meses antes da ocorrência do assassinat­o.

Quando percebeu que a mulher não desejava a reconcilia­ção, Pedro Teixeira, revoltado e movido por ciúmes e vingança, terá perdido a cabeça e disparado dois tiros que acertaram na cabeça da vítima, com uma arma transforma­da, uma pistola de calibre 6.35 mm que estava em situação ilegal.

De seguida, saiu de Muge em direção ao Barreiro, onde deixou a criança à porta da casa onde reside a sua mãe, a quem tinha já enviado uma mensagem de telemóvel a dizer “já fiz m...”.

Segundo o processo, foi a própria mãe que o convenceu a entregar-se às autoridade­s, a quem confessou o crime sem conseguir explicar o que o levou a matar a ex-companheir­a.

Pedro Teixeira sabia que a ex-companheir­a tinha mantido relações extraconju­gais, mas estava disposto a perdoá-la.

MÃE CONVENCEU FILHO A ENTREGAR-SE À POLÍCIA E A CONFESSAR O CRIME

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Pedro Teixeira responde por um crime de homicídio qualificad­o e por outro de detenção de arma proibida

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