Correio da Manha

Carteiro só com escolta policial

SEGURANÇA Serviço dura há dez anos, depois de episódios de agressões

- LUÍS OLIVEIRA

Os habitantes do Bairro de Paradinha, em Viseu, consideram “ser injusto” apenas receberem correspond­ência duas vezes por semana e com o carteiro a fazer o serviço sempre escoltado por um agente da PSP. Querem o serviço todos os dias e acham ser desnecessá­rio a presença da polícia.

O carteiro passou a levar o correio escoltado pela PSP há dez anos, depois de alguns episódios de agressões de que foram alvo os profission­ais dos CTT. De lá para cá, duas vezes por semana, às terças e quintas, o cenário repete-se. O carteiro chega entre as 12h00 e as 12h30, sempre acompanhad­o por um agente da PSP. Assim foi ontem, mais uma vez, perante o lamento de muitos moradores que consideram que já não se justifica o aparato. “Não fica bem para os moradores deste bairro esta situação. Há d e z a n o s houve algumas situações que não foram muito bonitas, mas agora tudo está diferente”, disse ontem ao CM Amadeu Canhoto, de 32 anos, que já mora no Bairro de Paradinha “há mais de 20 anos”. Os moradores consideram que são “cidadãos como os outros” e, por isso, querem também receber o correio os cinco dias úteis da semana. “Há dias enviaram uma carta ao meu marido para se apresentar na junta de freguesia no próprio dia. Isto não pode ser”, desabafa Mar i a S i l v a . “Esta situação é injusta e discrimina­tória”, diz Osvaldo Russo, morador no bairro, estudante universitá­rio. O subcomissá­rio Luís Santos, da PSP de Viseu, garante que o serviço vai continuar “até que os CTT considerem necessário.

MORADORES GARANTEM QUE JÁ NÃO SE JUSTIFICA A PRESENÇA DA POLÍCIA

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Carteiro ontem a entregar as cartas aos habitantes do Bairro de Paradinha, sempre acompanhad­o por um polícia

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