BENFICA RECORRE CONTRA RUI PINTO
SUSPENSÃO DO PROCESSO Encarnados não aceitam decisão da Relação, que rejeitou recurso para julgar hacker CRÍTICAS Advogados acusam juiz de ter ultrapassado “defesa pela direita”
OBenfica não aceita a suspensão do processo contra Rui Pinto, no caso em que o hacker é suspeito de ter sido o autor do furto dos emails dos dirigentes dos encarnados. Vai avançar com uma reclamação para a conferência, na Relação, e depois o processo seguirá para o Constitucional. Está em causa a decisão do juiz Carlos Alexandre e o Benfica alegou que nunca teve hipótese de contrariar a decisão, embora fosse assistente no processo.
Discutiram-se depois duas questões jurídicas: a primeira era se a decisão de Carlos Alexandre era irrecorrível - a juíza-presidente da Relação man
ACUSAM JUIZ DE TOMAR DECISÃO ÀS “OCULTAS” PARA SAFAR ARGUIDO
dou o magistrado aceitar o recurso, outro magistrado agora diz exatamente o contrário; outra era saber-se se o facto do Benfica ser assistente no processo inicial ‘tornava-o’ depois assistente no processo final - que foi criado através da apensação de cinco investigações.
A Relação diz agora que não - defende que o Benfica deveria ter-se constituído assistente - mas o clube diz que a questão de fundo não foi discutida. “A Relação escudou-se na alegada irrecorribilidade do despacho do JIC que concordou com a suspensão provisória do processo para não tomar posição sobre a verdadeira questão que está em causa, que é a ultrapassagem dos direitos do ofendido/assistente pela direita, numa suspensão provisória do processo acordada e feita realmente às ocultas”, dizem os advogados que representam os encarnados - Rui Patrício, João Medeiros e Paulo Saragoça da Matta -, garantindo mesmo que “era esse o tema que gostariam de ver analisado pelos tribunais superiores”.