Inês de Sousa Real cede negócio ao marido
Aporta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, passou a sua quota de 50% da empresa de produção de frutos vermelhos Berry Dreams ao seu marido, “logo após ter tomado posse como deputada em outubro de 2019, para se dedicar a 100% ao Parlamento”, revelou ao CM. 10% foram para a sogra e os restantes 40% para o marido, membro da concelhia do PAN de Lisboa, que já detinha a outra metade da empresa.
A Berry Dreams e a Red Fields, que também produz frutos vermelhos e na qual a deputada se tem tentado desfazer da sua participação de 25%, têm estado debaixo de fogo da
GARANTIA DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS SEM RECURSO A PRECÁRIOS
Confederação dos Agricultores de Portugal que acusa a líder do PAN de “criticar aquilo que depois do ponto de vista particular executa”, como o recurso à agricultura intensiva. Nas redes sociais, o líder do Chega, André Ventura, e Joana Amaral Dias insinuam ainda que a deputada recorre a mão de obra escrava. Ao CM, Inês de Sousa Real refuta todas as críticas, garantindo que “o partido sempre soube que a deputada e o marido detinham aquelas duas empresas”. E sublinha: “Sempre pautámos a atuação das nossas empresas pelas melhores práticas ambientais, de preservação da biodiversidade e também do ponto de vista social e portanto eu não tenho nada que me envergonhar.” Inês de Sousa Real admite que recorre a mão de obra estrangeira, oriunda do Nepal e Bangladesh, mas assegura que “não há precariedade”. “Temos contratos permanentes e também contratos de trabalho agrícolas sazonais”, diz, e “só em última instância, recorremos à subcontratação”, vinca. A líder do PAN ameaça processar quem continuar com as difamações: “Não aceitarei que me caluniem a mim e as pessoas que estão comigo neste projeto.”