Visita à guerra
Quando for a Kiev ver com os próprios olhos a destruição causada pela invasão russa, António Costa irá juntar-se a uma longa linha de visitantes ilustres que se deslocaram à capital ucraniana para dar o seu apoio ao país liderado por Volodomyr Zelensky.
Por razões de segurança, o mais provável é que saibamos dessa visita apenas quando ela já estiver a acontecer. Foi assim com grande parte dos líderes europeus que visitaram Kiev desde o início da guerra.
Apesar de ninguém esperar que essa iniciativa – ou mesmo o apoio que Portugal
DEMONSTRA A SOLIDARIEDADE DE PORTUGAL PARA COM O POVO UCRANIANO
possa dar, para já anunciado em 2.1 milhões de euros – tenha qualquer influência no desenrolar do conflito, o facto de António Costa estar disposto a entrar num avião para Kiev demonstra, de forma inequívoca, a solidariedade de Portugal para com o povo ucraniano e coloca-nos, sem rodeios, ao lado dos nossos aliados.
Bom seria que, para essa visita, António Costa tivesse a oportunidade de convidar e levar na sua comitiva o secretário-geral do PCP. Podia ser que, ao ver o que se passa no terreno, Jerónimo de Sousa deixasse de ter dificuldades em chamar invasão à invasão russa da Ucrânia. E corrigisse, de vez, a incompreensível posição do PCP sobre a guerra.n