JUDITE SOUSA PENSOU EM PÔR TERMO À VIDA
Jornalista confessou ontem, em lágrimas, que viveu “situação limite” e que a morte de um filho é “um naufrágio” que o tempo “nunca resolverá”
Judite Sousa
abriu o coração a Manuel Luís Goucha para dizer aquilo que nunca tinha dito sobre o período após a morte do filho
MIGUEL AZEVEDO morte de um filho tem uma dimensão completamente distinta... as pessoas caem numa situação limite, como aconteceu comigo.” Foi com estas palavras que Judite Sousa admitiu ontem, a Manuel Luís Goucha, na TVI, que pensou em pôr termo à vida, na sequência da morte do filho André Bessa, aos 29 anos, em 2014. “Sim, houve uma situação que foi pública. Acontece com frequência”, disse a jornalista, referindo que foi deixada sozinha:
A“Muitos amigos que me acompanhavam há 40 anos viraram-me as costas. Não aguentaram o peso das minhas lágrimas. Só posso ter piedade em relação a essas pessoas. Voltaram-me as costas quando eu estava doente, com uma depressão grave.”
Numa conversa em que, por várias vezes, não segurou as lágrimas, e cinco meses depois de ter regressado à televisão, Judite Sousa referiu que “a morte de um filho é um naufrágio” e que “o tempo nunca resolverá o problema de fundo”.n