FUGA DE RENDEIRO FICA SEM CULPADOS
No mesmo dia em que o CM noticiou que Vale e Azevedo vive tranquilamente em Londres - sem responder aos processos judiciais - o Conselho Superior da Magistratura (CSM) anunciou que não houve qualquer responsabilidade disciplinar dos juízes no processo que permitiu João Rendeiro fugir à Justiça.
Num documento enviado aos órgãos de comunicação social, o Conselho Superior da Magistratura realça no entanto algumas dificuldades: a primeira é o facto de os tribunais não comunicarem. Como o que ocorreu durante dois anos, quando a juíza do processo nada soube sobre o recurso da Relação de Lisboa.
Outro pormenor analisado foi a data do trânsito em julgado no Tribunal Constitucional. Afirma o juiz que analisou o caso que o processo transitou a 16 de setembro, mas Rendeiro fugiu quatro dias antes. “O trânsito em julgado foi verificado de forma não correta”, diz o Conselho Superior, que não tira qualquer consequência do facto (o Tribunal Constitucional não está na alçada do CSM).
É depois verificado que o ex-banqueiro João Rendeiro saiu 80 vezes do País durante o período que aguardava a realização da Justiça e nunca fugiu. Também se diz que nunca disse ter qualquer doença cardíaca, o que agora alega para não ser extraditado.n