Correio da Manha

Afectos especiais

- João Pereira Coutinho

OPCP apelou aos órgãos de soberania para que tomem uma posição sobre a ‘censura’ e a ‘perseguiçã­o’ a que o partido está sujeito. Sempre é um alívio – e um progresso: nos países onde o comunismo manda, os críticos do partido são presos ou mortos. Ver o PCP a mendigar colinho é quase enterneced­or, embora um pouco enjoativo pelos padrões viris de 1917.

Mas o que explica estas lamúrias?

VER O PCP A MENDIGAR COLINHO

É QUASE ENTERNECED­OR

Um facto da maior gravidade: o presidente de uma associação de refugiados ucranianos – sim, essa máfia perigosíss­ima! – não percebe como ainda existe uma relíquia leninista no Portugal de 2022.

Infelizmen­te, Marcelo Rebelo de Sousa não se alarmou com tamanha ameaça existencia­l. E tratou de recordar que o pluralismo democrátic­o, ao contrário do centralism­o, permite criticar e ser criticado.

Que tristeza: o Presidente dos afectos, desta vez, não esteve onde os afectos eram mais precisos. ●

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COLUNISTA

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