O `NUNÓMETRO'
Há uns dias, o diretor de informação da TVI inchou e publicou no seu Facebook o post que está na imagem que ilustra estas linhas. Ao contrário da informação que dirige, o diretor é capaz de escrever um texto sem um erro de português mas, em contrapartida, polvilhado de erros de... matemática. Diz que no dia 21 de abril liderou, mas ignora que já levava cinco dias seguidos a perder. Diz que é líder recorrente das audiências no cabo desde que a guerra começou e esconde que acaba de perder o mês de abril, em forte queda em relação a março. Diz que as audiências do ‘Jornal da Uma’ abrem um caminho sustentado e oculta que este caminho tem sido de descida desde esse dia. Sobre o facto do ‘Jornal das 8’ perder todos os dias para o ‘Jornal da Noite’ da SIC, e frequentemente para o ‘Telejornal’ da RTP 1, nem uma palavra. Fica-se com a ideia de que em Queluz de Baixo os números são medidos com um ‘Nunómetro’, aparelho que foca o conveniente e desvanece o inoportuno, e que pode fornecer as métricas necessárias para ocultar o óbvio a quem não olhe para o detalhe. Há ainda espaço para as mensagens sibilinas, pois ao sugerir que está focado no “crescimento sustentado da informação da TVI”, Santos deixa um claro remoque à programação da estação. Mas o ‘melhor’ estava mesmo guardado para o fim, na frase “Somos sempre a caravana que passa”, com a qual procura colar à concorrência o rótulo de “cães que ladram”. Só mesmo quem nunca se cruzou com este ‘melro’ numa redacção não lhe conhece a bazófia. Pífia, como sempre, mas a fazer-nos rir há muitos anos. E é assim que a cáfila, aliás, a caravana do Nuno passa...