CONFERÊNCIA
Representantes ao mais alto nível dos 193 Estados-membros das Nações Unidas, o secretário-geral, António Guterres, cientistas, organizações não governamentais e agentes da economia do mar vão estar em Lisboa, entre 27 de junho e 1 de julho, para a Conferência dos Oceanos.
Com o lema ‘salvar os oceanos, preservar o futuro’, o megaencontro tem como objetivo prioritário pôr em marcha as medidas para alcançar o 14º objetivo de desenvolvimento sustentável (ODS14) relativo à vida marinha. O embaixador Alexandre Leitão, vice-presidente da comissão organizadora, disse esta semana, na apresentação aos jornalistas, que acredita que possa sair “uma resolução robusta” de compromisso. Segundo a Organização Meteorológica
Mundial, em 2021, os oceanos atingiram os níveis mais quentes e mais ácidos de que há registo. As emissões de carbono estão a causar o aquecimento dos oceanos, a sua acidificação e a perda de oxigénio, o que, por sua vez, ameaça os organismos e os ecossistemas e impactam negativamente a segurança alimentar, o turismo e a economia. A mobilização em torno da poluição dos plásticos e dos microplásticos não basta para salvá-los: “É preciso que exista a consciência global do nexo oceano-clima”, disse Emanuel Gonçalves, coordenador científico e administrador da Fundação Oceano Azul, frisando que o oceano já aqueceu 0,76 e perdeu 2% do oxigénio entre 1960 e 2010 – “dados alarmantes e que pedem por políticas reformadoras”.n
ONU: ESFORÇO EM LISBOA PARA ALCANÇAR OBJETIVO DA AGENDA 2030