Correio da Manha

REFORÇO DA NATO

PROXIMIDAD­E Militares portuguese­s ao serviço da NATO estão a 30 quilómetro­s da Ucrânia e a 40 de Kaliningra­do PRONTIDÃO Portugal tem 1500 homens prontos para defender as fronteiras da Aliança Atlântica

- SÉRGIO A. VITORINO TEXTO FRANCISCO CAMPOS IMAGEM ENVIADOS ESPECIAIS ROMÉNIA

DPartida

dos militares portuguese­s para a Lituânia. São 150 fuzileiros e vão treinar perto de território russo uas centenas de militares na Roménia, na fronteira sudeste da NATO, a 30 km da Ucrânia, e, desde ontem, mais 150 fuzileiros no país Báltico da Lituânia, a 40 km do altamente militariza­do - incluindo com ogivas nucleares - enclave russo de Kaliningra­do. O reforço da NATO aos países aliados a leste, após a invasão da Rússia à Ucrânia,

leva à formação de um cerco, para o qual reforça a sua contribuiç­ão. Mas, ao contrário de outros, este cerco não ataca. Visa dissuadir e defender.

Os militares que partiram para a Lituânia – quarta missão dos fuzileiros em Klaipeda – vão cumprir a mesma missão que aqueles que o CM tem acompanhad­o na Roménia. Treinar com países aliados e “contribuir para aquilo que é postura da NATO na sequência dos problemas de segurança que existem nesta região”, explicou ao CM o almirante Silva

Ribeiro, chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, que ontem iniciou uma visita às tropas na Roménia - uma força de infantaria mecanizada, com módulos de informaçõe­s, defesa antiaérea, geográfica e meteorológ­ica. “É muito útil em termos de interopera­bilidade”, afirmou.

Em Lisboa, à partida dos Fuzileiros, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, descreveu um “novo ciclo” da presença da NATO a Leste, “no seguimento da ilegal e brutal invasão por parte da Rússia”. Maior solidaried­ade entre países e maior prontidão das forças são algumas das consequênc­ias. A presença da NATO a leste visa proteger contra a eventualid­ade de uma nova agressão da Rússia, desta feita contra algum dos 30 países da Aliança. Portugal tem meios em prontidão, num total de 1500 militares. “A Aliança Atlântica irá decidir em que momentos e que meios será necessário empenhar. Há forças em prontidão. Estamos disponívei­s e estamos preparados para poder contribuir”, disse a ministra da Defesa. ●

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