REFORÇO DA NATO
PROXIMIDADE Militares portugueses ao serviço da NATO estão a 30 quilómetros da Ucrânia e a 40 de Kaliningrado PRONTIDÃO Portugal tem 1500 homens prontos para defender as fronteiras da Aliança Atlântica
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dos militares portugueses para a Lituânia. São 150 fuzileiros e vão treinar perto de território russo uas centenas de militares na Roménia, na fronteira sudeste da NATO, a 30 km da Ucrânia, e, desde ontem, mais 150 fuzileiros no país Báltico da Lituânia, a 40 km do altamente militarizado - incluindo com ogivas nucleares - enclave russo de Kaliningrado. O reforço da NATO aos países aliados a leste, após a invasão da Rússia à Ucrânia,
leva à formação de um cerco, para o qual reforça a sua contribuição. Mas, ao contrário de outros, este cerco não ataca. Visa dissuadir e defender.
Os militares que partiram para a Lituânia – quarta missão dos fuzileiros em Klaipeda – vão cumprir a mesma missão que aqueles que o CM tem acompanhado na Roménia. Treinar com países aliados e “contribuir para aquilo que é postura da NATO na sequência dos problemas de segurança que existem nesta região”, explicou ao CM o almirante Silva
Ribeiro, chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, que ontem iniciou uma visita às tropas na Roménia - uma força de infantaria mecanizada, com módulos de informações, defesa antiaérea, geográfica e meteorológica. “É muito útil em termos de interoperabilidade”, afirmou.
Em Lisboa, à partida dos Fuzileiros, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, descreveu um “novo ciclo” da presença da NATO a Leste, “no seguimento da ilegal e brutal invasão por parte da Rússia”. Maior solidariedade entre países e maior prontidão das forças são algumas das consequências. A presença da NATO a leste visa proteger contra a eventualidade de uma nova agressão da Rússia, desta feita contra algum dos 30 países da Aliança. Portugal tem meios em prontidão, num total de 1500 militares. “A Aliança Atlântica irá decidir em que momentos e que meios será necessário empenhar. Há forças em prontidão. Estamos disponíveis e estamos preparados para poder contribuir”, disse a ministra da Defesa. ●