Peregrinar com os símbolos da JMJ

ACREDITO QUE ESTE MOVIMENTO DE SAÍDA

É DECISIVO NA CONSTRUÇÃO DA VIDA QUE DEUS NOS PEDE

Acompanhar a peregrinação dos símbolos da JMJ tem sido uma das melhores experiências da minha vida. Não só porque esta peregrinação antecipa, de uma forma concreta, o que todos seremos convidados a viver no Verão do próximo ano, não só porque estes símbolos da nossa Fé carregam consigo a verdadeira dimensão universal da

Igreja a que pertenço, mas acima de tudo porque esta “companhia” me tem retirado da centralidade em que todos vivemos – a minha cidade, a minha igreja, os meus problemas, os meus ódios de estimação, as minhas certezas, as minhas alegrias, as minhas convicções.

Este peregrinar com os símbolos da JMJ tem-me levado a outras geografias, outras gentes, outros pensamentos, alegrias e mágoas. E acredito que este movimento de saída é decisivo na construção da vida que Deus nos pede. Implica sempre desinstalação, algum desconforto, humildade, capacidade de ouvir os outros, de olhar para cada uma e cada um, de reconhecer qualidades que desconhecia, mais do que os defeitos que imaginava.

Quando vivemos centrados no nosso umbigo, convictos do nosso certo e do errado dos outros, acabamos sempre por afastar em vez de unir, por partir em vez de vergar. Só me resta agradecer. A todos. Aos jovens que tenho conhecido, às pequenas e grandes paróquias que nos têm acolhido, à generosidade de tantos homens e mulheres que dão as suas vidas pela Igreja que somos. A esta comunidade que vai passando de diocese em diocese, sem diferenças de cultura, riqueza ou estatuto.

Somos todos peregrinos, que encontram na Cruz de Jesus e na companhia da Sua Mãe a razão maior das nossas vidas. E caminhamos, juntos, rumo à JMJ Lisboa 2023!n