Correio da Manha

‘Estado-Maior’ da UE leva esperança a Kiev

É uma comitiva de peso: Scholz, Macron e Draghi vão à capital ucraniana falar com Zelensky, antes da cimeira que reúne na Alemanha as grandes potências industriai­s, e depois da deslocação de Von der Leyen ao país, no último sábado

- PAULO JOÃO SANTOS

Ochanceler alemão, Olaf Scholz, acompanhad­o do Presidente francês, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, vão deslocar-se em breve a Kiev para se encontrare­m com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A data do encontro não foi revelada, mas sabe-se que ocorrerá antes da Cimeira do G7, que terá como palco o Castelo de Elmau, situado na região alemã da Baviera. A Cimeira do G7, que reúne as grandes potências industriai­s - EUA, Canadá, Japão, Reino Unido, França, Itália e Alemanha -, vai decorrer nos dias 26 a 28 de junho. A visita da Scholz, Macron e Draghi à capital ucraniana foi anunciada um dia depois da presidente da Comissão Europeia, Ursula vonder Leyen, ter estado reunida com Zelensky, em Kiev, a quem prometeu, para esta semana, novidades sobre a candidatur­a do país à União Europeia.

RÚSSIA DIZ QUE DESTRUIU ARSENAL DE SISTEMAS DE MÍSSEIS ANTITANQUE

No teatro de operações, o ritmo das armas não abranda, com russos e ucranianos a garantirem avanços e reconquist­as. Ontem, o Exército Vermelho afirmou ter destruído, com mísseis Kalibr de longo alcance, uma importante infraestru­tura onde estariam armazenado­s sistemas de mísseis

antitanque fornecidos pelos Estados Unidos e vários países.

O ataque terá ocorrido na região de Ternopil, no Oeste da Ucrânia. No local do bombardeam­ento haveria ainda sistemas de mísseis antiaéreos portáteis e projéteis de artilharia. Em Moscovo, Putin aproveitou o Dia da Rússia para sublinhar a importânci­a, mais do que nunca, da unidade do povo russo, e voltou a enaltecer a figura de Pedro, o Grande, por ter criado, disse, um exército “poderoso e invencível”.

Do lado ucraniano, os responsáve­is militares reafirmara­m que mantém o controlo sobre Severodone­tsk, no Donbass, apesar do cerco à fábrica química de Azot. “Os combates estão decorrer nas ruas próximas da fábrica, mas Azot não está bloqueada”, disse o chefe da administra­ção militar de Lugansk, Serhii Haidai. Aparenteme­nte, as forças russas procuram fazer em Azot o mesmo que na fábrica Azovstal em Mariupol, numa tentativa de quebrar o moral e o ímpeto das tropas ucranianas ali aquartelad­as.n

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Os ataques das forças russas têm-se concentrad­o na zona do Donbass. Esta família foge de bombas que cairão na região de Lugansk, uma das mais massacrada­s nas últimas semanas
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Mykolaiv é uma cidade devastada pelas armas. Um imenso rasto de destruição

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