Correio da Manha

Índice de felicidade

- João Vaz Jornalista

Do Santo António ao São João decorre uma dúzia de dias que lançam festas populares por todo o país. Vêm aí os arraiais da arraia miúda como a familiarid­ade das palavras indica. Não conheço o peso desta folia nos índices mundiais de felicidade elaborados por organismos da ONU, OCDE, outras entidades e grupos de investigad­ores. Sabe-se, no entanto, que nos últimos 20 anos se verificou uma melhoria substancia­l das condições de felicidade das pessoas. Apesar do pessimismo de quem vê o mundo a resvalar para a inexorável catástrofe, a quantifica­ção dos vários fatores de felicidade regista uma subida de 27%.

Portugal constitui um bom exemplo da melhoria.

No Relatório Mundial da Felicidade, publicado pela ONU, o nosso país estava na 94ª posição em 2016 e aparece no índice de 2022 em 56º lugar, entre 146 Estados.

A QUANTIFICA­ÇÃO DOS VÁRIOS FATORES DE FELICIDADE REGISTA UMA SUBIDA DE 27%

Finlândia, Dinamarca e Islândia são os primeiros. Líbano e Afeganistã­o vêm em último. Num estudo mais restrito, com 60 países de todos os continente­s, Portugal surge em 7º na pureza do ar, 8º em liberdade de imprensa, 12º em democracia, 13º em direitos das mulheres, 14º em direitos das crianças, 23º em PIB per capita e investigaç­ão e 31º em escolarida­de. As classifica­ções definem por si mesmas um programa político.

A ideia dos índices de felicidade é ir além do olha a festa e da arraia miúda. Impõe-se urgência no ataque aos problemas que atrasam uma vida mais feliz: A guerra com morte e destruição, os entraves à democracia, liberdade e solidaried­ade social, ou o aumento de CO2 na atmosfera e a diminuição da área de floresta por pessoa. O objetivo global é ser feliz.n

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