Mata amigo e atinge outro com cão ao colo
DECISÃO Tribunal da Relação confirma pena de 23 anos de cadeia CRIME Homicida ameaçou homem durante discussão pelo pagamento de uma rodada. Assassina segundo e fere terceiro
Bar
V‘Carlão’ á embora ou dou-lhe um tiro!”. O aviso foi de José Luís, de 64 anos, para um cliente do bar onde estava com um grupo de amigos, entre eles José Carlos, ‘Carlão’, de 51, a 20 de novembro de 2020, no Funchal. O homem ameaçado que apenas queria saber porque é que José Luís e uma mulher discutiam alto - saiu do local, mas ‘Carlão’ continuou na discussão sobre o pagamento de uma rodada de bebidas.
Acabou assassinado com um tiro no peito. Um amigo de ambos, que estava com a mulher e a filha de 7 anos e um cão no colo, foi atingido com um tiro na perna. José Luís viu agora o Tribunal da Relação de Lisboa confirmar a sua condenação a 23 anos de cadeia. Vai ainda pagar cerca de 140 mil € em indemnizações.
Para a decisão contribuíram as
José Luís imagens de videovigilância do bar. Dezanove fotogramas que contam a história de um crime por “motivos fúteis”, como descreveu a juíza-presidente do Tribunal do Funchal que condenou o homicida em primeira instância. ‘Carlão’ estava na mesa. Discutiam todos pelo pagamento da rodada. José Luís técnico de telecomunicações saiu do bar e regressou pouco depois. Terá ido buscar o revólver, que depois tirou do bolso das calças. Ameaçou o primeiro, matou o segundo e feriu o terceiro. Depois deixou a arma cair ao chão e saiu calmamente, sem dizer qualquer palavra.
O tribunal descartou a tese de defesa que o arguido apresentou em tribunal, descrevendo-a como uma estratégia de “vitimização”. O homicida alegou que tinha agido em legítima defesa e que, se não tivesse disparado, teria sido ele a morrer.n
INCÊNDIO EM GARAGEM
Um carro que estava estacionado no interior de uma garagem ardeu por completo, ontem de manhã, em Amorim, na Póvoa de Varzim.
VÍTIMA MORTAL ATINGIDA EM BAR. HOMICIDA
SAIU EM SILÊNCIO