Correio da Manha

A NOSSA CAMPEÃ NO JUDO

SUCESSO Bolseira dos Jogos Santa Casa conquistou medalha no último Campeonato Europeu e estuda medicina FUTURO Judoca de Coimbra é encarada como a sucessora de Telma Monteiro

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Catarina Costa é a nova promessa portuguesa do judo. Depois de ter conquistad­o a medalha de prata no Campeonato Europeu da modalidade, a bolseira dos Jogos Santa Casa e estudante de Medicina na Universida­de de Coimbra tem agora os olhos postos no próximo campeonato do Mundo, que decorre em outubro no Uzbequistã­o.

– O judo foi amor à primeira vista?

- A minha ida para o judo foi um acaso, desconheci­a a modalidade e fui convidada no colégio a experiment­ar um treino pelo treinador João Abreu. Na altura, com 10 anos, adorava tudo o que era desporto e fui levada pela curiosidad­e de descobrir o que era o judo. Gostei muito do primeiro treino e continuei a ir, até que ao fim de algum tempo pedi para a minha mãe me inscrever. Desde aí nunca mais parei e hoje continua a ser a minha grande paixão. - Com que idade começou a destacar-se na modalidade? - Não demorou muito tempo para o meu treinador notar algo de diferente em mim, tinha uma motricidad­e muito boa, adorava aprender e era muito dedicada. Ao fim de 2 anos fui campeã nacional de juvenis, feito que repeti no ano seguinte e a partir daí fui-me sempre destacando nos escalões por onde passei. - Quando conquistou a primeira medalha?

- A minha primeira medalha foi num torneio em Coimbra, com pouco mais de dois meses de judo. Recordo-me que fiquei entusiasma­da, apesar de não saber como funcionava uma competição e de ainda ser cinto branco.

Ganhei dois combates e perdi dois, levei uma medalha para casa e muita felicidade. No treino seguinte, lembro-me que recebi o cinto amarelo como recompensa da minha coragem e desempenho (tinha sido a única da turma a ir à competição).

- E depois, quais as vitórias mais importante­s?

- Tenho várias medalhas que por diversos motivos considero importante­s, a mais recente, a prata no Campeonato da Europa, a minha primeira em Europeus e que teve tanto de alegria como de superação. Outra que recordo com carinho foi o ouro no Grand Prix de Antália em 2018, o meu primeiro hino nacional no World Judo Tour. O ouro este ano no Grand Prix de Almada também me traz boas recordaçõe­s, ganhar em frente ao público português e poder ouvir ‘A Portuguesa’ com um pavilhão cheio foi uma sensação incrível.

– Competir ao mais alto nível é pressão ou prazer?

- É um privilégio, mas que dá muito trabalho. Faço o que gosto, tiro imenso

prazer da competição e da própria preparação. Tem que estar tudo afinado, cada pormenor faz a diferença e a pressão de não podermos falhar por vezes existe. Lido bem com isso porque tento ser eu a controlá-la, só eu sei o quanto treino e me dedico para estar no nível em que estou e isso permite-me gerir melhor as emoções e a própria pressão.

- Qual é o próximo objetivo desportivo?

- O Campeonato do Mundo em Tashkent, no Uzbequistã­o, em outubro.n

Catarina Costa durante a última edição dos Europeus

de judo

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BOLSEIRA DOS JOGOS SANTA CASA

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