Correio da Manha

Primeiro-ministro,

PLANO Dos 64 consórcios aprovados na primeira fase das Agendas Mobilizado­ras, 51 avançam para negociação FATIA Projetos precisam de 7,6 mil milhões de euros e Estado só dá 3 mil milhões

- VÍTOR MOITA CORDEIRO

Oprimeiro-ministro, António Costa, antecipou ontem que os 51 consórcios que passaram à fase de negociação para financiame­nto do programa Agendas Mobilizado­ras, inserido no Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a (PRR), vão gerar durante os próximos 4 anos perto de 18 mil novos empregos e mais de 2200 novos produtos, serviços ou patentes.

O chefe do Executivo, durante a apresentaç­ão dos resultados da segunda fase do concurso das Agendas Mobilizado­ras, que considerou ser “o programa mais complexo, difícil e mais exigente de todo o PRR”, confirmou que a concretiza­ção dos projetos dos consórcios vai implicar um investimen­to de 7,6 mil milhões de euros, sendo que “o máximo elegível para financiame­nto público são três mil milhões”. De todo o dinheiro disponibil­izado pelo Estado aos projetos aprovados, “cerca de dois mil milhões são incentivos à investigaç­ão e desenvolvi­mento”, estimou o primeiro-ministro, acrescenta­ndo que, desse montante, “1,1 mil milhões de euros são precisamen­te para entidades do sistema científico e tecnológic­o”. Com este apoio, defendeu Costa, “não estamos só a financiar estes projetos, estamos também a reforçar o conjunto do nosso sistema para que surjam novos projetos e novos serviços”.

No que diz respeito à natureza dos projetos aprovados, Costa fez uma divisão em três blocos, sendo o primeiro uma resposta às alterações climáticas e uma aposta nas energias renováveis, com atenção particular para o hidrogénio verde e para a exploração do lítio. Já o segundo bloco passa por um reforço da mobilidade que vai desde “a produção do comboio português” até às alternativ­as de duas rodas, como bicicletas. Para o terceiro bloco, Costa apontou para a ideia de economia circular e na “valorizaçã­o de recursos endógenos, abrangendo a floresta, o mar, a pedra natural e a agroindúst­ria”. O líder do Governo acrescento­u ainda que “não há uma única região [em Portugal] que não tenha pelo menos um projeto aprovado”.n

2 MIL MILHÕES DE EUROS SÃO PARA INVESTIGAÇ­ÃO E DESENVOLVI­MENTO

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