Guerra de famílias leva caos ao velório
VIOLÊNCIA Avó paterna de Jéssica foi pedir justificações à PJ e entrou depois na capela para confrontar a ex-nora HORROR Mãe e avó materna da menina sentiram-se mal quando o caixão foi aberto
Ocaixão branco chegou à hora marcada, 17h00, mas não havia ninguém para o receber. Os funcionários da funerária tiveram de esperar à porta e foram eles próprios que carregaram o corpo da pequena Jéssica até ao interior da capela da Anunciada, bem no centro de Setúbal.
Os primeiros a entrar foram a mãe, o padrasto e a avó materna e a porta imediatamente fechada já fazia temer o pior. A família de Jéssica tinha medo de represálias de familiares dos detidos e receio dos insultos dos vizinhos, que não se cansam agora de lhes apontar o dedo.
A guerra estalou menos de uma hora depois. A mãe de Alexandre, a avó paterna de Jéssica, chegou ao espaço, vinda da PJ, a quem foi perguntar por que razão não tinham detido a ex-nora. Com um pequeno ramo nas mãos, entrou na capela ao lado do filho. E em segundos ouviram-se gritos e berros, que deixavam perceber as tentativas de agressão. As duas avós envolveram-se em luta, a mãe do pai de Jéssica tentou bater em Inês Tomás. Foi literalmente arrastada para o exterior, onde ficou durante mais de meia hora aos gritos e aos berros. Até a PSP a acalmar e a levar para dentro de uma ambulância. Encaminharam-na para o hospital, regressou alguma acalmia a um velório marcado pela violência.
Antes da guerra das famílias, já tinha havido desmaios. Inês e Rosa, mãe e avó, gritaram e sentiram-se mal quando o caixão foi aberto. Jéssica, de três anos, estava irreconhecível, disseram, embora ambas a tivessem visto em casa no dia da morte. Inês esteve com a filha durante seis horas até pedir ajuda. Ao CM, Rosa já tinha confirmado que encontrou a neta com o corpo coberto de hematomas.
Já ao início da noite, novo momento
MULHER ABRIU O CAIXÃO E GRITAVA QUE INÊS
ERA UMA ASSASSINA
PSP TEVE DE INTERVIR PARA TRAVAR AGRESSÕES À MÃE DA MENINA
de tensão. Uma mulher entrou na capela e bateu em Inês. Antes ainda abriu o caixão, enquanto gritava que a mãe de Jéssica era uma assassina. A PSP foi novamente chamada a intervir e o efetivo policial foi mantido até ao fim do velório. Hoje, deverá manter-se o contingente policial, para evitar novos confrontos no funeral. Na cerimónia que deveria ser o último adeus a Jéssica.n