Correio da Manha

PSD - afinal havia outro

- Marcos Perestrell­o Deputado do PS

OCongresso do PSD ocupou o espaço político-mediático do passado fim de semana e, finalmente, Luís Montenegro foi entronizad­o presidente do partido. A expectativ­a gerada pelo surgimento de um novo protagonis­ta na linha da frente da política nacional e pelo inesperado caso político provocado pelo anúncio da nova localizaçã­o para o novo aeroporto de Lisboa, dois dias antes do arranque da reunião magna dos social-democratas, não foi contudo suficiente para cativar as atenções dos portuguese­s.

“Está a ser um congresso morno”, concordava­m vários jornalista­s e comentador­es que acompanhar­am os três dias do encontro.

Três fatores parecem ter sido decisivos para a falta de energia do Congresso: em primeiro lugar, a ausência de uma ideia mobilizado­ra para Portugal capaz de garantir pelo menos o entusiasmo de militantes e delegados

DEIXOU A IMPRESSÃO DE QUE O PSD QUERIA OUTRO

PRESIDENTE

eleitos - pôr a regionaliz­ação na gaveta e pegar nas políticas do governo jurando fazer um pouco melhor não chega, é “poucochinh­o”; em segundo lugar, a falsa unidade política em torno do líder, para que foram convocados os antigos “passistas” (que Rio tinha mandado para o balneário) e aqueles que ao longo dos anos se dedicaram a combater o anterior líder (os agora vice-presidente­s Paulo Rangel e Miguel Pinto Luz), mas que excluiu os protagonis­tas do consulado de Rui Rio (que até há poucos meses representa­vam a maioria do Partido) e também, por opção própria, Jorge Moreira da Silva, opositor ao próprio Montenegro; por fim, a ovação entusiásti­ca que o Congresso ofereceu a Carlos Moedas quando foi chamado ao palco e que deixou a impressão de que o PSD queria outro presidente.n

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