Correio da Manha

PRR sem clientelas

- EDUARDO DÂMASO DIRETOR-GERAL EDITORIAL ADJUNTO

Oempresári­o Mário Ferreira está a ser investigad­o em três processos distintos, ainda que as buscas de ontem se reportem apenas a um. Nos três inquéritos são investigad­os indícios de crimes fiscais graves, de branqueame­nto de capitais, de fraude ao orçamento da União Europeia, entre outros. Independen­temente do que venha a ser provado, e respeitand­o a presunção de inocência de Mário Ferreira, há duas ou três ideias essenciais a reter. Em primeiro lugar, a Justiça tem de desembrulh­ar uma história que já leva demasiados capítulos, que foi espalhando um rasto de impunidade quanto à subconcess­ão da gestão dos estaleiros de Viana do Castelo e ao concurso da venda do navio ‘Atlântida’. Depois, a sua ação tem uma explicação processual lógica e não envolve cabala alguma. Por fim, o Banco de Fomento começa muito mal. Tinha informação pública mais do que suficiente para evitar que se instalasse a ideia de que os apoios financeiro­s da bazuca à empresa de Mário Ferreira resultam mais de uma lógica clientelar e menos do cumpriment­o rigoroso da lei. Com esta falta de transparên­cia, só se avolumam as piores suspeitas sobre a distribuiç­ão do PRR.n

COM ESTA FALTA DE TRANSPARÊN­CIA TEME-SE O PIOR COM O DINHEIRO DO PRR

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