Inaceitável
Alei do Orçamento do Estado 2022 prevê que seja possível contratar médicos sem especialidade para assegurar as funções de especialista em Medicina Geral e Familiar. Esta situação viola de forma grave a carreira médica e o regulamento dos atos próprios dos médicos, e pode colocar em risco a saúde dos cidadãos/doentes. Não queremos em Portugal cidadãos de primeira e de segunda categoria, uns com acesso a médico especialista e outros não. Não queremos que, amanhã, a uma grávida que não tenha acesso a um especialista em Obstetrícia lhe seja atribuído um médico
NÃO QUEREMOS EM PORTUGAL CIDADÃOS DE PRIMEIRA
E DE SEGUNDA
especialista em Patologia Clínica, a um doente que não tenha acesso a um Cardiologista lhe seja atribuído um médico especialista em Reumatologia, a um doente que não tenha acesso a um especialista em Anestesiologia lhe seja atribuído um médico sem especialidade.
O Governo tem a obrigação de garantir que todos os portugueses têm direito a Médico de Família. Eles existem (1400 estão fora do SNS) e podem ser contratados. Colocar médicos sem especialidade nos centros de saúde com uma lista de utentes à sua inteira e total responsabilidade não é prudente nem aceitável. Existem soluções que respeitam a especialização que podem ser ativadas. Haja bom senso.n