Correio da Manha

Eduardo dos Santos não deixou testamento

HERANÇA Antigo Presidente angolano terá dado a cada um dos filhos “aquilo que achava que cada um devia ter” JUSTIÇA Situação pode complicar batalha legal pela custódia do corpo

- RICARDO RAMOS PAULO JOÃO SANTOS DIRETOR-ADJUNTO

Oantigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos, que faleceu no passado dia 8 em Barcelona, Espanha, não deixou testamento, dificultan­do a tarefa da Justiça espanhola na batalha legal que envolve o Governo angolano e a família pela custódia do corpo.

“Não existe testamento, isso já foi confirmado pelos familiares e pelo chefe da escolta, com quem confidenci­ou nos últimos 33 anos”, disse fonte próxima do processo à Agência Lusa, adiantando que o ex-Presidente era uma pessoa “pragmática”

“AINDA MUITA ÁGUA VAI CORRER DEBAIXO DA PONTE”, DIZ FONTE PRÓXIMA e “terá dado a cada um dos filhos o que achava que cada um devia ter”, chamando “cada um a seu tempo”. “Cada um dos filhos sabe perfeitame­nte o que ele deixou”, afirmou a mesma fonte, admitindo, porém, que “ainda muita água vai correr debaixo da ponte” por Eduardo dos Santos não ter deixado por escrito a sua última vontade.

José Eduardo dos Santos

A inexistênc­ia de um testamento oficial poderá acentuar ainda mais as divisões na família do ex-Presidente, que disputa em tribunal a custódia do seu corpo. A mulher, Ana Paula dos Santos, e os três filhos que teve com o ex-Presidente, apoiados pelo Governo angolano, pretendem que o corpo seja sepultado em Luanda, enquanto os filhos mais velhos, de anteriores casamentos, opõem-se à entrega do corpo à viúva e à realização de um funeral de Estado em Angola. Uma possível solução de compromiss­o foi avançada esta semana através de uma carta em que os filhos mais velhos do ex-Presidente admitem aceitar que o funeral do pai seja realizado em Luanda mas só após as eleições de agosto, além de solicitare­m uma amnistia geral. No entanto, uma das filhas do ex-Presidente, Tchizé dos Santos, garantiu que não assinou qualquer documento e demarcou-se da solução defendida pelos irmãos.n

Com as coisas neste ponto, talvez seja o momento ideal para falar de paz, de sentar Putin e Zelensky à mesma mesa e encontrar uma saída para o conflito, a contento de ambas as partes, que está a provocar efeitos nefastos em todo o Mundo. O anunciado acordo para retoma das exportaçõe­s de cereais e a reentrada em funcioname­nto do gasoduto Nord Stream 1, fundamenta­l para o fornecimen­to de gás à Europa, são sinais de que é possível caminhar para uma solução pacífica. E seria muito mau que o mediador não fosse a União Europeia.

SERIA MUITO MAU QUE O MEDIADOR DAS NEGOCIAÇÕE­S DE PAZ NÃO FOSSE A UE

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Visita ao Canadá, na próxima semana, será uma “peregrinaç­ão de penitência” pelos abusos da Igreja contra os indígenas, diz o Papa.
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