Eduardo dos Santos não deixou testamento
HERANÇA Antigo Presidente angolano terá dado a cada um dos filhos “aquilo que achava que cada um devia ter” JUSTIÇA Situação pode complicar batalha legal pela custódia do corpo
Oantigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos, que faleceu no passado dia 8 em Barcelona, Espanha, não deixou testamento, dificultando a tarefa da Justiça espanhola na batalha legal que envolve o Governo angolano e a família pela custódia do corpo.
“Não existe testamento, isso já foi confirmado pelos familiares e pelo chefe da escolta, com quem confidenciou nos últimos 33 anos”, disse fonte próxima do processo à Agência Lusa, adiantando que o ex-Presidente era uma pessoa “pragmática”
“AINDA MUITA ÁGUA VAI CORRER DEBAIXO DA PONTE”, DIZ FONTE PRÓXIMA e “terá dado a cada um dos filhos o que achava que cada um devia ter”, chamando “cada um a seu tempo”. “Cada um dos filhos sabe perfeitamente o que ele deixou”, afirmou a mesma fonte, admitindo, porém, que “ainda muita água vai correr debaixo da ponte” por Eduardo dos Santos não ter deixado por escrito a sua última vontade.
José Eduardo dos Santos
A inexistência de um testamento oficial poderá acentuar ainda mais as divisões na família do ex-Presidente, que disputa em tribunal a custódia do seu corpo. A mulher, Ana Paula dos Santos, e os três filhos que teve com o ex-Presidente, apoiados pelo Governo angolano, pretendem que o corpo seja sepultado em Luanda, enquanto os filhos mais velhos, de anteriores casamentos, opõem-se à entrega do corpo à viúva e à realização de um funeral de Estado em Angola. Uma possível solução de compromisso foi avançada esta semana através de uma carta em que os filhos mais velhos do ex-Presidente admitem aceitar que o funeral do pai seja realizado em Luanda mas só após as eleições de agosto, além de solicitarem uma amnistia geral. No entanto, uma das filhas do ex-Presidente, Tchizé dos Santos, garantiu que não assinou qualquer documento e demarcou-se da solução defendida pelos irmãos.n
Com as coisas neste ponto, talvez seja o momento ideal para falar de paz, de sentar Putin e Zelensky à mesma mesa e encontrar uma saída para o conflito, a contento de ambas as partes, que está a provocar efeitos nefastos em todo o Mundo. O anunciado acordo para retoma das exportações de cereais e a reentrada em funcionamento do gasoduto Nord Stream 1, fundamental para o fornecimento de gás à Europa, são sinais de que é possível caminhar para uma solução pacífica. E seria muito mau que o mediador não fosse a União Europeia.
SERIA MUITO MAU QUE O MEDIADOR DAS NEGOCIAÇÕES DE PAZ NÃO FOSSE A UE