Correio da Manha

PROFESSORA MORRE E BUROCRACIA REVOLTA

REFUGIADOS FOGEM PARA A ALEMANHA

- TIAGO VIRGÍLIO PEREIRA

Três irmãos refugiados afegãos fugiram para a Alemanha, depois de saberem que os mais jovens, de 15 e 16 anos, seriam deslocados para o Norte de Portugal. Zaki Darya, de 18 anos, e os irmãos estudavam na Escola de Música do Conservató­rio. Integraram o grupo de 132 refugiados que chegou a Portugal em 2021. Instalados no Hospital Militar, em Lisboa, protestara­m contra as condições e estão a ser deslocados para o Norte.

Ocorpo de Idalina Maria Sá, professora que morreu ao final da tarde de sábado numa queda de mais de 20 metros, na Rota de Cares, no Parque dos Picos de Europa, nas Astúrias, ainda não foi transladad­o para Portugal. A demora está a revoltar a família e os colegas da docente de 56 anos. “Vai para Espanha dar formação de Educação Física e tem o azar de morrer. Só isso já causa uma grande revolta, mas o pior é que, quase uma semana depois, o corpo ainda não foi libertado para nos despedirmo­s da nossa ‘Lininha’”, lamentou ontem outra professora, que pediu anonimato, do Agrupament­o de Escolas de Esmoriz - Ovar Norte, em Aveiro, o mesmo onde lecionava Idalina. A demora estará relacionad­a com a burocracia por parte da funerária espanhola. Segundo a imprensa local, a mulher, que estaria acompanhad­a pelo marido, ter-se-á apoiado numa cerca que acabou por ceder. Caiu de uma altura de mais de 20 metros ao rio Cares. A mulher ainda foi arrastada até à margem e ali realizadas manobras de reanimação. Porém, o óbito foi declarado no local. Idalina Maria Sá deixa dois filhos maiores de idade e uma neta. ●

IDALINA DE 56 ANOS MORREU NAS ASTÚRIAS

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