Parque Corgo: o espaço verde de referência
O Parque Corgo, com cerca de 33 hectares é considerado o principal espaço verde e de lazer da cidade de Vila Real, e abrange as duas margens do rio que lhe dá nome. Esta área da cidade assume um papel primordial na vida dos vila-realenses, havendo uma notória ligação criada entre estes, o rio e todo o ambiente do parque.
O parque é constituído por vários percursos pedestres, bem como por vários equipamentos – espaços desportivos, e equipamentos de ginástica, parques infantis, e por zonas de lazer, que no seu conjunto disponibilizam várias alternativas em termos de atividades e ocupações. No parque, é ainda possível observar vários elementos de arte urbana dedicados ao tema da biodiversidade e do património natural. A escultura “Vaca-loura”, obra do escultor Bafo de Peixe (Bruno Rajão), recria o maior escaravelho da Europa. Criada e construída com desperdícios gerados pela atividade humana, pretende valorizar e conciliar uma atitude de responsabilidade ambiental. De salientar também a sua outra obra “Corvídeos”, que reúne elementos de assemblagem e pintura e que aludem ao conto de Miguel Torga, onde um Corvo se rebelou contra a vontade de Deus pela sua liberdade.
“A Borboleta”, obra criada por Bordalo II (Artur Bordalo), pretende chamar a atenção para a presença de inúmeras espécies de borboletas que habitam Vila Real, em especial a borboleta-azul-das-turfeiras, um dos emblemas do território, mas também promover novas atitudes face à forma como lidamos com os resíduos. “Salamandra-lusitânica”, produzida por Tiago Sousa, é uma escultura/pintura que representa a Chioglossa lusitânica, uma espécie endémica que tem vindo a sofrer uma significativa regressão, sendo hoje uma espécie vulnerável. Esta obra foi feita com restos de louça preta de Bisalhães classificada como Património Cultural Imaterial da UNESCO. O “Painel da Biodiversidade” feito pelo Colectivo de Rua, em graffiti no Parque Infantil do Parque, cujo tema foi a Biodiversidade, representa os elementos da fauna.
NÃO FALTAM OS PASSADIÇOS Mais recentemente, o parque viu a sua área alargada com a obra dos “Percursos Naturais do Parque Corgo” e a inclusão de passadiços. Esta tem uma extensão total de 2,5 quilómetros e segue pelas zonas mais escarpadas do rio, tornando acessível um espaço natural de extrema beleza, em pleno coração da cidade.
Por estes percursos será também possível aceder à central hidroelétrica do Biel, que atualmente se encontra em obras de requalificação, para ser transformada num espaço museológico.n