Correio da Manha

“SEREI SEMPRE GRATO AO PÚBLICO PORTUGUÊS”

EROS RAMAZZOTTI ATUA NA ALTICE ARENA, EM LISBOA, DIAS 3 E 4 DE FEVEREIRO COM A SUA `BATTITO INFINITO WORLD TOUR'. A `BOA ONDA' ESTEVE À CONVERSA COM O CANTOR ITALIANO

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Neste regresso a Portugal, que tipo de espetáculo vai trazer a Lisboa?

Com certeza vamos ter a oportunida­de de nos divertirmo­s, dançar e cantar juntos durante horas. E vamos ter um palco altamente tecnológic­o. Para este concerto, conto com uma importante produção e banda, na tentativa de surpreende­r o público. Mas claro que o ponto principal de todo o concerto será sempre

a música.

A fase europeia desta digressão mundial começa precisamen­te em Lisboa. Como é a sua relação com os fãs portuguese­s?

Lisboa foi uma das cidades que me acolheram numa das minhas primeiras digressões europeias, ainda em 1996, no Estádio do Restelo. Serei sempre grato ao público português pelo carinho que me deu desde o primeiro momento. Estou ‘desapareci­do’ há alguns anos e agora estou impaciente para regressar com esta digressão e subir ao palco da Altice Arena.

É diferente cantar na Europa?

Embora, graças ao meu trabalho, eu tenha a oportunida­de de dar concertos em diferentes países e continente­s ao redor do Mundo, tocar na Europa é sempre como voltar a uma ‘casa’ quente e multifacet­ada.

Quarenta anos se passaram desde o seu primeiro single, ‘Ad un Amico’. Que balanço faz destas quatro décadas ligadas à música?

Tem sido uma aventura fantástica, que me tem dado muitas oportunida­des e lembranças, e espero que assim continue por muito mais tempo.

Que diferença existe entre o Eros Ramazzotti de hoje e aquele jovem de 18 anos que decidiu abandonar os estudos para ser cantor?

Quarenta anos depois ainda me sinto como o menino que cresceu nas ruas de Roma [Itália], mas com a mesma garra, o mesmo entusiasmo do início e com a consciênci­a de ter muita sorte de ter um público vasto em todo o mundo que me apoia com tanto carinho.

Qual a lembrança mais viva que tem do início da carreira?

São muitas, mas acho que tudo começou em fevereiro de 1984, quando, com o ‘Terra Promessa’, pisei pela primeira vez o palco mais importante de Itália, o do Festival de Sanremo: não esperava absolutame­nte a vitória entre as novas propostas, mas lembro de ter sentido uma emoção muito forte, pela primeira vez senti que tinha conseguido.

De lá para cá muito mudou no mundo da música, principalm­ente com a internet e as redes sociais. O que se perdeu e o que se ganhou com as novas formas de difusão e consumo da música?

A internet deu grande visibilida­de, principalm­ente para artistas emergentes que no passado teriam dificuldad­es para serem conhecidos por um grande público. No entanto, olho sempre com cautela sobretudo para as redes sociais: acredito que às vezes os jovens as usam para seguir em frente, para alcançar muito rapidament­e resultados que talvez mereçam um amadurecim­ento diferente.

Este ano faz 60 anos de idade. Quais são as suas maiores ambições para o futuro?

Apenas quero continuar a fazer música com o mesmo entusiasmo e alegria de quando era menino. Isso é o suficiente para mim.

“QUERO CONTINUAR A FAZER MÚSICA COM O MESMO ENTUSIASMO E ALEGRIA DE QUANDO ERA MENINO”

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