Correio da Manha

MENINO JOÃO NEVES É GIGANTE ENTRE OS GRANDES

Médio de 18 anos agarrou lugar no onze e já é um dos jogadores preferidos dos adeptos encarnados ª HISTÓRIA Jogador usa sempre a camisola por dentro dos calções em forma de respeito. Hábito que herdou do pai

- Filipe António Ferreira

u Ao quarto jogo como titular no Benfica, já poucas ou nenhumas dúvidas restam: João Neves é jovem, tem muita qualidade e será um dos grandes negócios do Benfica num futuro próximo.

Poucos benfiquist­as conheciam o menino João (18 anos) quando Schmidt o colocou a jogar num particular com o Sevilha, no final do ano passado. Na hierarquia da formação, ultrapasso­u outros mais velhos para ser presença regular nos treinos do plantel principal. Começou depois a entrar aos poucos, a mostrar qualidade e, sobretudo, uma enorme maturidade.

Após o momento negativo da equipa (três derrotas e um empate), Schmidt lançou Neves no onze titular. Apesar da resistênci­a e interrogaç­ões iniciais, Neves foi ganhando pontos entre os adeptos e os colegas. Resultado: quatro jogos como titular e outras tantas vitórias, sendo na última o homem do jogo.

João Neves, natural de Tavira, chegou ao Benfica com apenas 12 anos. Cedo mostrou ser um jogador diferencia­do com pormenores de jogador adulto. Foi para o Seixal e lá fez amizades com tudo e todos, num registo importante de personalid­ade. Outro é o facto de entrar sempre em campo com a camisola por dentro dos calções, gesto de respeito que mantém ao longo do jogo. Um hábito que herdou do pai, agente da PSP que foi forcado e treinador da Casa do

Benfica de Tavira.

Os colegas de equipa não quiseram deixar passar em claro a exibição do médio em Portimão, naquele que foi o quarto jogo seguido como titular na equipa principal. “Cinco estrelas”, escreveu João Mário, “Ela [bola] mora aí mano, nunca foge do teu pé”, assinalou o jovem central António Silva. “Jon Snow do Seixal. Craque”, brincou Chiquinho. “Menino de ouro”, disse o brasileiro David Neres.

João Neves tem contrato com o Benfica até junho de 2028. A cláusula de rescisão é de 60 milhões de euros.

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