Correio da Manha

Fernando Santos em risco de perder 4,5 milhões

DERROTA Tribunal Central Administra­tivo decide contra ex-selecionad­or ª INVESTIGAÇ­ÃO MP quer saber se existe matéria criminal

- Miguel Alexandre Ganhão

u Depois de perder o processo que o opunha à Autoridade Tributária (AT) no pagamento de 4,5 milhões de euros de IRS em falta, no Centro de Arbitragem Administra­tiva (Caad), o ex-selecionad­or português viu agora recusado o recurso para o Tribunal Central Administra­tivo. Fernando Santos fez o seu contrato com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) através de uma empresa, a

Femacosa, constituíd­a no início de 2014. Foi Fernando Gomes, presidente da FPF, que admitiu, em tribunal arbitral, ter sido a Federação a propor a Fernando Santos a celebração do contrato de trabalho através de uma empresa, de modo a obviar aos problemas levantados pelos adjuntos de Carlos Queiroz e Paulo Bento, a quando da rescisão daqueles treinadore­s com a FPF.

No entanto, o tribunal arbitral entendeu que a utilização da empresa Femacosa serviu como mero instrument­o para maximizar as vantagens fiscais do selecionad­or.

Segundo apurou o CM, a AT continua a sua investigaç­ão no sentido de perceber se o esquema se estende aos quatro adjuntos de Fernando Santos de modo a cobrar o imposto que se encontra em falta. Entretanto, o Ministério Público, através do Departamen­to Central de Investigaç­ão e Ação Penal (DCIAP) abriu um inquérito-crime aos contratos celebrados entre a FPF e Fernando Santos, o que vem interrompe­r a contagem dos prazos para uma eventual caducidade da cobrança do imposto (quatro anos) à restante equipa técnica. Fernando Santos deixou o comando da Seleção no final de 2022.

TRIBUNAL ARBITRAL DEU RAZÃO AO FISCO E DISSE QUE A FEMACOSA SERVIU PARA VANTAGENS FISCAIS

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