Ventura diz ser também responsável pelos episódios no Parlamento
u O presidente do Chega, André Ventura, admitiu ontem, em entrevista à CMTV, que também foi responsável pelos episódios do primeiro dia de trabalhos da nova legislatura no Parlamento, anteontem, marcado por várias tentativas falhadas de eleição de um novo presidente da Assembleia da República.
“Sou líder de um partido que poderia conseguir a maioria necessária [para a eleição do nome proposto pelo PSD, José Pedro Aguiar-Branco] e, nesse sentido, também admito que sou responsável”, afirmou André Ventura, que voltou a insistir no apontar de culpas ao líder social-democrata, Luís
Montenegro, pela quebra de um entendimento que, afinal, foi estabelecido entre os líderes parlamentares dos dois partidos, reconheceu.
O acordo previa a eleição de um vice-presidente do Chega para a Assembleia da República, Diogo Pacheco de Amorim, que acabou mesmo por ser eleito com os votos do PSD. Segundo Ventura, o que este partido “queria era ter o apoio do Chega em segredo”.
Sobre o posicionamento que vai assumir relativamente a um eventual orçamento retificativo, André Ventura admitiu que poderá votar o mesmo favoravelmente, se responder às reivindicações da forças de segurança, professores, profissionais de saúde ou oficiais de justiça. “Se assim for, o Chega não vai inviabilizar o retificativo”, afiançou.
Já quanto a um possível apoio ao Orçamento do Estado de 2025, que o novo Governo deverá apresentar em outubro, Ventura diz que tal só sucederá se existir um acordo entre o seu partido e o PSD. Caso contrário, face à falta de uma maioria estável no
Parlamento, o líder do Chega deixou um alerta, ao afirmar: “O País que se prepare para anos de instabilidade.”
“O PAÍS QUE SE
PREPARE PARA ANOS DE INSTABILIDADE”, APONTA LÍDER DO CHEGA