Advogado de Espinho ao leme do País
Licenciado na Universidade Católica distinguiu-se na liderança da bancada parlamentar do PSD no Governo de Passos ª NÚCLEO DURO Políticos próximos do líder com peso no Executivo
u Advogado de profissão, nasceu no Porto, mas é um homem de Espinho. Assume aos 51 anos o leme do País, mais cedo do que previa quando conquistou a liderança do PSD. A demissão de Costa abriu uma oportunidade e, a 10 de março, com a viragem do País à direita, a AD, coligação liderada pelo PSD, conquistou mais votos e mais deputados, o que num parlamento fragmentado e com três blocos definidos, como se viu nas votações para o presidente da Assembleia da República, lhe permite formar um Governo minoritário, que fica dependente dos votos (ou abstenção do PS) ou do apoio do Chega.
Já foi conhecida a intenção de o Governo privilegiar os decretos-lei para a governação, fintando assim as dificuldades de votação no parlamento, mas nos orçamentos do Estado vai ter de negociar, ou com o PS, como aconteceu na eleição para a presidência da Assembleia, ou com
André Ventura.
A duração do Governo é incerta, mas Luís Montenegro reuniu um núcleo duro do partido, como Paulo Rangel, número dois do Executivo; Miranda Sarmento, ex-líder parlamentar, economista que acompanhou Rio e agora reconquista para as Finanças o estatuto de ministro de Estado; Leitão Amaro na Presidência; o ex-autarca de S. João da Madeira, Castro Almeida, na Coesão; Pinto Luz nas Infraestruturas;
Pedro Reis na Economia; Pedro Duarte nos Assuntos Parlamentares, que, tal como Hugo Soares na direção da bancada do PSD, terá um papel importante.
Há independentes que estavam ligados ao PSD e Montenegro também encontrou no parlamento europeu quadros para o Governo, além de Rangel, José Manuel Fernandes e Maria da Graça Carvalho.
MONTENEGRO FOI AO PARLAMENTO EUROPEU RECRUTAR MINISTROS PARA PASTAS DECISIVAS