Há vida para os comentadores no pós-eleições
Já com governo eleito, com oposição organizada e sentada no Parlamento, com a herança passada e os primeiros desenhos da nova legislatura a perceberem-se, como fica a vida das dezenas de comentadores políticos distribuídos pelos canais generalistas e os de cabo com foco na informação? A resposta é, como pode ser facilmente percebível: fica muito bem, obrigada.
Há muito tempo que não se conhecia uma campanha eleitoral tão ativa como a última no que toca a comentário político. Muitos “especialistas” em estúdio, discussões acesas - inclusivamente com acusações de indevidas defesas de cor - algumas estrelas a florescerem neste mundo que leva a política a sério e não como um motivo de sarcasmo como acontecia nos escassos programas dedicados ao comentário
O INTERESSE PELA POLÍTICA É TAMBÉM FRUTO DO AMADURECIMENTO DA DEMOCRACIA. QUE BOM!
com sentido de humor. Finalizada a campanha, entrando numa nova fase, o comentário político continua de boa saúde e a recomendar-se. E, como já se percebeu, não falamos de Ricardo Araújo Pereira e seus pares, nem sequer das picardias mais ironizadas de Eixo do Mal. Neste momento, na SIC Notícias, CMTV, CNN, RTP3 e, evidentemente, nos generalistas, há figuras com seguidores para os seus comentários em antena. Fruto de quê?
De uma forma mais geral e mais romântica poderíamos dizer fruto do amadurecimento da democracia. E que bom que isso é no ano em que se comemora meio século sobre o 25 de abril de 1974. Mas, mais do que isso, fruto também do novo interesse da geração Z pela política. Que assim continue e cresça.