Conta da luz vai subir para pagar tarifa social
Reguladora do setor elétrico publica fórmula de repartição do custo da tarifa social, que passa a ser pago por todos ª AMBIENTE Ministra diz que vai “analisar com muita atenção” a transferência de custos
u Os consumidores poderão ter já este mês um novo custo na fatura da eletricidade: a tarifa social. O valor varia entre os 48 cêntimos, pagos na fatura média de um casal, ou pouco mais de um euro na fatura de um casal com dois filhos, segundo os cálculos feitos a partir dos consumos do simulador da Entidade Reguladora dos Serviços
Energéticos (ERSE).
A repartição dos encargos com a tarifa social, um apoio garantido às famílias mais desfavorecidas, foram publicadas pela ERSE e, na prática, traduz-se numa acréscimo de mais 0,2893 cêntimos por kWh. Em março último, beneficiavam de uma redução de 33% na tarifa de eletricidade cerca de
759 mil famílias, segundo a
Direção-Geral de
Energia e
Geologia.
O CM já tinha questionado a ERSE sobre este custo, e aquela entidade salvaguardara que se trata de uma decisão dos comercializadores repercutirem ou não aos clientes. O CM questionou ontem as principais empresas
do mercado, mas nenhuma esclareceu a sua posição. Até ao momento, apenas a Luzboa enviou carta aos clientes a imputar-lhes este custo, tal como o CM já publicou. Entretanto, questionada em Bruxelas, a ministra do Ambiente afirmou tratar-se de “uma questão muito importante [porque] nós temos de apoiar os consumidores vulneráveis, mas também temos de ter atenção
ERSE SALVAGUARDA QUE EMPRESAS NÃO SÃO OBRIGADAS A COBRAR, SE ASSUMIREM CUSTO
[...] de não afetarmos demasiado todos os outros no preço que pagam, no preço da tarifa, portanto, é algo que vou analisar com muita atenção”. Maria da Graça Carvalho participou numa reunião informal dos ministros da Energia da UE.