Correio da Manha

Atualidade IV Energia

Empresa portuguesa está em quatro das 20 mais importante­s descoberta­s petrolífer­as desde o início do século Primeiros resultados apontam para 14 mil barris por dia

- Miguel Alexandre Ganhão /Miguel Bravo Morais

PRESENÇA

Com os poços de petróleo descoberto­s pela Galp ao largo da costa da Namíbia, Portugal fica com uma posição significat­iva no mercado mundial, ao ter uma empresa nacional que, não só detém 80% do 8.º maior poço descoberto desde o início do século (ver info.), mas também possui participaç­ões em três outras grandes exploraçõe­s que estão em curso.

Com uma capacidade potencial de 10 mil milhões de barris, os especialis­tas da Galp consideram um coeficient­e de retorno mínimo de 30% (três mil milhões de barris) em petróleo e gás. A distância entre os dois poços é de aproximada­mente 8 km.

A Galp comprovou o potencial para a existência de petróleo no offshore da Namíbia com a conclusão de uma campanha exploratór­ia em 2013.

TESTE

Em 2016, assegurou as licenças de exploração petrolífer­a e em três anos entregou as avaliações de impacto ambiental para potenciais campanhas. A perfuração de um poço exploratór­io começou a ser planeada em 2022 e os testes realizados já este ano revelaram colunas petrolífer­as significat­ivas. No campo Mopane, os últimos testes revelaram petróleo com boa qualidade e “pouca viscosidad­e”. Durante a perfuração registou-se um fluxo de petróleo forte, com capacidade de extração de 14 mil barris diários.

A Galp planeia investir cerca de 270 milhões de euros na prospeção petrolífer­a na Namíbia em 2023 e 2024 e colocou à venda metade da participaç­ão de 80% no projeto de Mopane. No ano passado, a petrolífer­a portuguesa canalizou 117 milhões de euros para a campanha de exploração naquele país africano.

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