Correio da Manha

Devia ser sempre assim…

- Pedro Santana Lopes Presidente da CM da Figueira da Foz e comentador CMTV

Hoje era para falar da Rainha D. Maria I. Fica para depois. Para quem porventura não saiba faço a declaração de que sou sócio do Sporting Clube de Portugal, n.º 1004 e fui presidente do clube e antes de ser sócio sou adepto ferrenho do clube. Esta época então foi extraordin­ária e julgo e posso dizer com orgulho que não haverá nenhum ex-presidente que tenha andado por vários campos do País como Rio Maior, Barcelos, Famalicão, Porto, para além de quase todos os jogos em casa como eu o fiz. Aliás, julgo que não é costume os ex-presidente­s do clube seguirem a equipa de futebol dessa maneira. Não quero deixar de o sublinhar. Vivemos num mundo em que só se critica e eu quero aproveitar o texto desta semana para cantar um hino à decência, à correção, à educação, à compostura, ao modo como os responsáve­is do Sporting Clube de Portugal se têm comportado. O treinador, Rúben Amorim, é um verdadeiro caso único. Ele não fala dos árbitros, o que por vezes até nos poderá irritar a todos. Mas é correto. Rúben Amorim fala do jogo e dos jogadores e quanto muito dos treinadore­s. Reconhece quando corre bem e reconhece quando corre mal, assume erros, pede desculpa, elogia os adversário­s. É um caso de estudo, é um ser raro, é uma lição permanente para todos os outros. O presidente do clube, Frederico Varandas, tem uma atitude de renúncia que cumpre enaltecer. Naquela noite no Marquês de Pombal, ele juntou-se à festa e não quis saber de discursos ou de chamar a si alguns louros pela vitória alcançada. A propósito, foi bonita a frase do presidente do Sporting, nos Paços do Concelho, em que destaca os méritos do principal rival, tendo dito que foram tão fortes que forçaram o Sporting a bater os seus recordes. É a maneira certa de estar no desporto e devia, em certa medida, ser a de estar na política e na Vida em geral.

Também na política se deve reconhecer

Também na política se deve reconhecer quando os adversário­s acertam. O que é que custa ser grande?

quando os adversário­s acertam. O que é que custa ser grande?

Tenho orgulho de ter aprendido com o meu Pai a ser do Sporting e ter ensinado os meus filhos, que já ensinaram os meus netos a serem também sportingui­stas. Respeitand­o os que têm outras filiações clubística­s. E merecem também realce as reações de adeptos e responsáve­is de outros clubes que reconhecer­am a justiça da vitória do Sporting. Nem parecia o nosso Campeonato.

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