«Nunca me tinha sentido tão cansado»
Caro/a leitor/a, decore este nome: Taron David Egerton. É este o ator que rouba a cena a nomes ‘gigantes’ da 7ª Arte, no novo ‘Kingsman: O Círculo Dourado’, filme que estreia hoje por cá.
Há sempre uma mais-valia na novidade. Taron Egerton, o talentoso inglês de 27 anos de idade que se considera galês, beneficia desse bónus. É fresco, irrequieto, a abarrotar de charme britânico e, naturalmente, irresistível em toda a sua liberdade de maneiras. Mas não assumam que toda aquela gireza e novidade, auxiliada por olhos que não se cansam de fazer troça, triunfam por si só. Há muito trabalho de base que ficou feito e que nasce de um talento absolutamente faiscante. Era ele menino e já participava em peças de teatro na sua escola. Depois, começou a aparecer nos palcos em confrontos tórridos da dramaturgia clássica. Licenciou-se em artes, ganhou prémios, sobressaiu dos demais. E, agora que a carreira levantou voo qual jato supersónico, é vê-lo com frequência no topo do cartaz ao lado de pesos-pesados como Tom Hardy, Hugh Jackman, Alicia Vikander ou, como sucede precisamente esta semana, salvando o planeta com a ajuda do cavalheiro Colin Firth. Aparecem ambos na série Kingsman, a tal saga sobre agentes secretos que conseguem, em estilo James Bond para petizes, transformar um guarda-chuva chique em metralhadora sanguinária. No novo episódio que estreia hje em Portugal, Kingsman: O Círculo Dourado, o jovem Taron vê-se rodeado novamente de outras lendas do grande ecrã – Halle Berry, Jeff Bridges, Julianne Moore –, mas irão reparar que a maior animação ainda vem dele. Nasceu para nos confundir com tanta frase bem dita, pontapé bem apontado e outras extravagâncias de alegria pura.
Kingsman: O Círculo Dourado é cheio de ação, ideal no fecho do verão. Qual foi a cena que o deixou mais exausto?
Há um momento no topo do Monte Branco, nos Alpes, em que tenho de fugir para não ser morto. Por causa da altitude, o oxigénio é rarefeito. Acho que só tenho de correr durante uns 20 segundos. Nunca me tinha sentido tão cansado na vida. Pior, uma pessoa demora imenso tempo a recuperar o fôlego porque, lá está, não parece haver oxigénio suficiente. A vista lá de cima é, possivelmente, a mais bonita do mundo. Mas o cansaço é terrível. Houve muitos momentos em que me senti mesmo doente.
Só me apetecia dormir.
Imagino que, com pedidos de colaboração vindos das cúpulas mais altas do entretenimento global, o Taron não tenha tido ultimamente grande vagar para passar longas temporadas com a sua família, no País de Gales. Por falar nisso, é realmente verdade que, embora tenha nascido em Inglaterra, se considera galês?
Confirmo. É verdade.
Ainda se mantém agarrado à terra? Ou, de repente, o pai e a mãe transformaram-se em figuras nostálgicas?
Não é assim tão verdade que nunca há tempo para visitar a família. Ainda há pouco tempo, depois
«Espero que os próximos 10 anos me tragam papéis que incluam mais barba na cara»